Jornal Folha Regional

Lula vai anunciar autoridade federal permanente no Rio Grande do Sul

Lula vai anunciar autoridade federal permanente no Rio Grande do Sul - Foto: reprodução
Lula vai anunciar autoridade federal permanente no Rio Grande do Sul – Foto: reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai indicar um representante do governo federal para atuar de forma permanente no Rio Grande do Sul, enquanto durar a calamidade pública no estado, assolado por enchentes desde o dia 29 de abril.

A informação foi divulgada, nesta terça-feira (14), pelo ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa (PT), durante entrevista.

A ideia é que a autoridade coordene uma estrutura administrativa das ações federais na região. Os detalhes serão anunciados durante visita de Lula ao estado, que deve ocorrer na quarta-feira (15), quando serão anunciadas novas medidas de socorro à população gaúcha.

A expectativa é que seja anunciada a criação de um auxílio financeiro temporário para as pessoas afetadas pela catástrofe climática. O valor não foi informado pelo Palácio do Planalto.

A Defesa Civil do Rio Grande do Sul confirmou, até esta terça-feira (14), um total de 148 mortes em decorrência das chuvas e enchentes. O estado tem, ainda, 124 pessoas desaparecidas, segundo boletim divulgado às 12h.

O total de desalojados pelas enchentes chega a 538.545 pessoas. E os efeitos dos temporais já são sentidos por 2 em cada 10 moradores do Rio Grande do Sul.

O mais recente boletim aponta que 2.124.203 de pessoas foram afetadas pelas chuvas, do total de 10,88 milhões de habitantes do estado, conforme apurado no Censo Demográfico 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o que corresponde a 19,47% da população.

Em todo o estado, 89,7% do total de 497 municípios sofrem direta ou indiretamente com as consequências dos eventos climáticos. O número chega a 446 cidades atingidas.

Na manhã desta terça-feira, os mais de 700 abrigos criados no estado acomodavam 76.884 pessoas que tiveram que abandonar seus imóveis temporariamente ou em definitivo, devido ao comprometimento das estruturas locais ou falta de acesso. O número é ligeiramente inferior à quantidade de pessoas que estavam em alojamentos na segunda-feira (13), conforme boletim divulgado pela Defesa Civil estadual. Naquele momento, eram 77.405 pessoas fora de suas casas.

Lula sanciona o “SUS da Cultura”, que define a gestão do setor no país

Lula sanciona o "SUS da Cultura", que define a gestão do setor no país - Foto: Ricardo Stuckert
Lula sanciona o “SUS da Cultura”, que define a gestão do setor no país – Foto: Ricardo Stuckert

Em viagem ao Recife, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou de uma cerimônia para marcar a sanção do projeto de lei que institui marco regulatório do Sistema Nacional de Cultura (SNC), na noite da última quinta-feira (4). O evento lotou o Teatro Luiz Mendonça, na capital pernambucana, e contou com a participação da ministra da Cultura, Margareth Menezes, de autoridades, artistas e realizadores culturais.

Previsto na Constituição Federal, o SNC é definido pelos princípios de diversidade das expressões culturais, da universalização do acesso aos bens e serviços culturais e do fomento à produção, difusão e circulação de conhecimento e bens culturais. A estrutura de governança do sistema é dividida de forma colaborativa entre diferentes entes da Federação (União, estados e municípios), por meio de órgãos gestores, conselhos, conferências, comissões, planos de cultura, entre outros instrumentos de política pública e participação social.

Lula sanciona o "SUS da Cultura", que define a gestão do setor no país - Foto: divulgação
Lula sanciona o “SUS da Cultura”, que define a gestão do setor no país – Foto: divulgação

“O que seria do mundo se não fosse a cultura, se não fosse a arte, a música, a dança, a pintura? Se não fossem vocês? Aquela pessoa que levanta todo dia de manhã tentando fazer alguma coisa para despertar o interesse em outra pessoa”, afirmou Lula à uma plateia repleta de artistas e fazedores de cultura.

Em discurso, o presidente destacou o papel do Congresso Nacional na aprovação da medida que, “apesar de ser maioria conservadora, teve a competência de entender que a cultura é parte da alma de uma nação”.

“Este sistema, a exemplo do Sistema Único de Saúde, do Sistema Único de Assistência Social e do Sistema Único de Segurança Pública, dá as condições para a estruturação de uma política cultural no Brasil, onde a União, os estados e os municípios têm papeis bem definidos e muito claros. Todos cumprindo uma ação de financiar esse sistema, mas cada um com suas responsabilidades na execução da política pública”, explicou o senador Humberto Costa (PT-PE), relator do projeto no Senado. O PL 5.206/2023, como nomeado durante a tramitação, foi aprovado pelo Congresso Nacional no mês passado.

A ministra Margareth Menezes lembrou que o SNC era uma anseio do setor cultural pelo menos desde 2005, e agora consolida a existência permanente do Ministério da Cultura, pasta que havia sido extinta pelo governo anterior.

“A chegada do nosso Sistema Nacional de Cultura efetivará a existência do Ministério da Cultura no Brasil”, disse. Ela anunciou a abertura de escritório do ministério em todos os estados e comparou o Sistema Nacional de Cultural com o SUS.

“Teremos representação do MinC em todos os estados do Brasil. E teremos os agentes culturais, para chegar naqueles lugares onde nunca chegaram as ações culturais. Será como o agente [de saúde] do SUS”.

Margareth Menezes também destacou o papel das leis Aldir Blanc e Paulo Gustavo, que, juntas, preveem fomento cultural de quase R$ 7 bilhões ao longo dos próximos anos, para financiar atividades culturais e assegurar repasses para que estados e municípios executem a política pública na ponta.

Cantora e compositora baiana, a ministra da Cultura se emocionou durante o discurso na cerimônia de sanção do SNC e defendeu o setor como importante no desenvolvimento da economia do país.

“Somos mais de 5 milhões de pessoas que trabalham nas indústrias das economias criativas. O setor cultural é responsável por 3,11% do Produto Interno Bruto [PIB] do Brasil. Essa perseguição, a dúvida sobre o porquê investir na cultura, essa é a resposta. Nós participamos do desenvolvimento da economia, damos retorno na economia brasileira”, destacou. Ainda segundo Margareth, a pasta encomendou uma pesquisa para avaliar o retorno das políticas culturais na geração de emprego e renda. 

Lula presenteia presidente da França com queijo de Piumhi, premiado internacionalmente

Lula presenteia presidente da França com queijo de Piumhi, premiado internacionalmente - Foto: Ricardo Stuckert/PR
Lula presenteia presidente da França com queijo de Piumhi, premiado internacionalmente – Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva presenteou o presidente da França, Emmanuel Macron, com cinco queijos brasileiros premiados, entre eles está o queijo Canastra do Serjão, produzido em Piumhi (MG).

O queijo do Serjão foi bronze no Mondial Du Fromage na França em 2019 e, em 2021, ganhou o Super Ouro na mesma competição.

Produzido por Sérgio de Paula Alves, tem a casca crocante e enrugada devido ao mofo branco que se instala naturalmente no queijo.

Desde 2008, o queijo Canastra é considerado patrimônio cultural imaterial brasileiro, concedido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Além do Queijo Canastra do Serjão, Lula também incluiu na seleção outros queijos mineiros, como o Goa Moderado de Aiuruoca, o Maranata Bronze de Virgínia, e o Lua Cheia de Bueno Brandão, bem como o Queijo da Ilha de Marajó (PA) e o Cuesta, de Pardinho (SP).

“Presenteei o presidente Macron com cinco dos melhores e mais premiados queijos brasileiros, inclusive reconhecidos na França, para que ele possa me dizer o que achou deles. Acho que ele vai gostar”, comentou Lula.

O presente foi dado na quinta-feira (28) em um evento em Brasília (DF) que marcou o último dia da passagem de Macron pelo Brasil.

Lula confirma isenção do Imposto de Renda 2024 a quem ganha até 2 salários mínimos

Lula confirma isenção do Imposto de Renda 2024 a quem ganha até 2 salários mínimos - Foto: reprodução
Lula confirma isenção do Imposto de Renda 2024 a quem ganha até 2 salários mínimos – Foto: reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou, na última terça-feira (23), o reajuste da isenção do Imposto de Renda deste ano para quem ganha até dois salários mínimos (R$ 2.824). A atualização da tabela de isenção do IR, segundo Lula, ocorrerá com o objetivo de seguir a política de ganho real do salário mínimo, reajustado para R$ 1.412 a partir de 1° de janeiro deste ano.

“Resolvemos desonerar as pessoas que ganhavam até R$ 2,6 mil (dois salários mínimos em 2023). Com o reajuste do salário mínimo, as pessoas que ganham dois mínimos parece que vão voltar a pagar Imposto de Renda, mas não vão porque nós vamos fazer as mudanças agora para que quem ganhe até dois mínimos (R$ 2.824, valor reajustado para 2024) não pague Imposto de Renda e tenho o meu compromisso de chegar no fim do meu mandato isentando todas as pessoas que ganhem até 5 mil”, afirmou o presidente, durante entrevista à rádio baiana Metrópole.

A atualização do limite de isenção do IR foi anunciado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta segunda-feira (22/1), durante sua participação no programa de entrevistas Roda Viva. Questionado sobre o tema, ele disse que o governo faria uma revisão na faixa de isenção.

“Nós vamos fazer uma nova revisão esse ano, até por conta do aumento do salário mínimo, presidente [Lula] já pediu uma análise para nós acertarmos a questão da faixa de isenção”, afirmou o titular da pasta. O aumento do salário mínimo, dito por Haddad como justificativa para a revisão na taxa de isenção, se deu em 1° de janeiro deste ano, data em que o novo patamar do mínimo foi para R$ 1.412. No ano passado, o valor mínimo era de R$ 1.320.

MP 

No ano passado, o governo por meio de uma Medida Provisória alterou a faixa de isenção do imposto de renda de R$ 1.903,98 para R$ 2.112. Para isentar quem recebia até dois salários mínimos, o texto também incluiu um desconto mensal de R$ 528 na fonte.

Com o aumento do salário mínimo, no entanto, essas pessoas passaram a receber R$ 2.824, ou seja, voltariam a ser tributadas. Esse raciocínio, porém, foi descartado pelo presidente, que confirmou a atualização na faixa de isenção. 

Na entrevista desta terça, o presidente também defendeu a tributação sobre dividendos distribuídos a acionistas de empresas de capital aberto ou fechado.  “Quem vive de dividendos não paga imposto de renda e quem vive de salário, paga. Haddad sabe que temos que fazer esses reajustes, eles são difíceis porque na hora de abrir mão de um dinheiro a gente tem que saber da onde vai pegar outro dinheiro, mas vamos fazer tudo o que prometemos”.

Lula aposta em aumento de crédito e queda de juros para fazer economia crescer mais em 2024

Lula aposta em aumento de crédito e queda de juros para fazer economia crescer mais em 2024 – Foto: reprodução

O presidente Lula aposta em medidas de aumento de crédito e na queda dos juros para fazer a economia crescer mais neste ano. Ele já vem encomendando medidas para fomentar o crédito à sua equipe, que comemorou os bons resultados do Desenrola.

Com mais crédito e juros mais baixos, Lula confia em um crescimento que pode surpreender e ficar, novamente, acima das previsões do mercado.

Atualmente, as previsões de crescimento deste ano, eleitoral, estão na casa de 1,5%. O Banco Central prevê 1,7%. A equipe do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, aposta em algo na casa de 2%.

Lula quer mais e conta também com a injeção de recursos na economia pelo aumento do salário mínimo e o pagamento de R$ 95 bilhões de precatórios. Essas medidas devem ajudar a impulsionar a economia, que no ano passado teve crescimento na casa de 3%.

De volta a Brasília, o presidente tem algumas missões imediatas para o mês de janeiro. Duas delas mais urgentes, a escolha do novo ministro da Justiça e a negociação com o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), sobre a tramitação da medida provisória editada por Fernando Haddad no fim do ano, para aumentar a arrecadação.

No caso da primeira, Lula chegou a acertar com Flávio Dino que definiria seu substituto até o dia 15 de janeiro. Ninguém crava um nome, mas Ricardo Lewandowski está bem cotado.

No caso da segunda missão, há o risco de a MP ser devolvida, e Lula vai tentar acertar um acordo com Pacheco para que ela não seja rejeitada.

A devolução da medida prejudicaria não só uma, mas as três medidas tomadas por Haddad no final do ano: reoneração da folha de pagamento, limite para compensação de créditos tributários e redução dos incentivos fiscais para o setor de eventos.

Em relação a uma possível reforma ministerial, Lula chegou a dizer no fim do ano passado que estudava mexer na equipe, mas o temor é disparar uma disputa entre os partidos da base aliada por mais espaço no governo, principalmente de legendas do Centrão, como Progressistas e Republicanos.

Lula anuncia desconto de até 99% nas dívidas do Fies

Lula assina sanção ao Projeto de Lei n° 4172/2023, que altera a Lei do Fies. Foto: Ricardo Stuckert

Pouco mais de um mês após determinar que os beneficiários do Bolsa Família e do Benefício de Prestação Continuada (BCP) não terão mais que pagar as prestações do programa Minha Casa, Minha Vida, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou, esta quarta-feira (1), que estudantes com dívidas no Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) poderão ter descontos de até 99% em um programa de renegociação para abater os débitos. Além disso, haverá perdão total com relação aos juros dessas dívidas. 

“Eu e o Camilo Santana [ministro da Eduação] temos uma novidade importante para o pessoal do Fies. Vamos criar condições mais favoráveis de renegociação para contratos celebrados até o fim de 2017 e com débitos vencidos e não pagos até 30 de junho de 2023”, escreveu Lula, através das redes sociais, logo após sancionar o Projeto de Lei nº 4172/2023, que altera a Lei nº 10.260/2001 (Lei do Fies). 

Segundo o Palácio do Planalto e o Ministério da Educação, a lei funcionará da seguinte maneira: serão criadas condições mais favoráveis de amortização das dívidas de estudantes com contratos do Fies celebrados até o fim de 2017 e com débitos vencidos e não pagos em 30 de junho de 2023. 

No caso de estudantes inscritos no Cadastro Único (CadÚnico), o desconto nos débitos vencidos e não pagos até 30 de junho de 2023 poderá chegar a até 99%. Para os demais estudantes, o abatimento será de até 77%.

“Quem já se formou e está devendo o Fies poderá ter descontos de quase 100% da dívida. É a possibilidade de esses estudantes colocarem suas contas em dia. É mais uma ação importante do governo federal para os jovens brasileiros”, disse o ministro da Educação, Camilo Santana.

“Quem está devendo, quem está inadimplente poderá, a partir de agora, saldar a dívida com desconto. Queremos que nossos jovens estudem pagando o mínimo necessário”, declarou Lula, por sua vez. 

Termos para renegociação das dívidas 

• Estudantes com débitos vencidos e não pagos havia mais de 90 dias, em 30 de junho de 2023, terão desconto de até 100% sobre encargos (juros e multas pelo atraso no pagamento) e de 12% sobre o valor financiado pendente, para pagamento à vista; ou parcelamento em até 150 parcelas mensais e sucessivas do valor financiado pendente, com desconto de 100% dos encargos (juros e multas pelo atraso no pagamento), mantidas as demais condições do contrato (ou seja, ficam mantidas as condições de garantia e eventuais taxas de juros do contrato). 

• Estudantes com débitos vencidos e não pagos havia mais de 360 dias, em 30 de junho de 2023, que estejam inscritos no CadÚnico ou que tenham sido beneficiários do Auxílio Emergencial 2021, terão desconto de até 99% do valor consolidado da dívida, inclusive principal, por meio da liquidação integral do saldo devedor em até 15 prestações mensais e sucessivas. 

• Estudantes com débitos vencidos e não pagos havia mais de 360 dias, em 30 de junho de 2023, que não se enquadrem na hipótese prevista no item anterior, terão desconto de até 77% do valor consolidado da dívida, inclusive principal, por meio da liquidação integral do saldo devedor em até 15 prestações mensais e sucessivas. 

Veja abaixo vídeo em que Lula e Camilo Santana explicam a medida: 

Brasília tem 7 de setembro esvaziado, com pouco público, servidores e familiares dos militares

Brasília (DF), 07-09-2023 – Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao lado do Vice-presidente Geraldo Alckmin, participam do desfile Cívico-Militar de 7 de Setembro na Esplanada dos Ministérios em Brasília. Foto: Cadu Gomes/VPR| Foto: Cadu Gomes/VPR

Com o tema “Democracia, Soberania e União”, o Desfile de 7 de Setembro, em Brasília, foi marcado pela tímida reação do público nos momentos de execução dos hinos Nacional e da Independência. Metade das arquibancadas foi ocupada por servidores “convidados”, tanto do governo quanto do Distrito Federal. Na outra metade, apareceram famílias, a maioria de estudantes e militares que desfilaram e boa parte de eleitores do PT. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou no tradicional Rolls Royce e não discursou.

O gramado central da Esplanada dos Ministérios ficou mais cheio no final, com a exposicao de veículos e armamentos militares. Poucas pessoas vestiam a camisa amarela da seleção brasileira de futebol.

Nos últimos anos, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, a celebração da Independência levava mais gente, sobretudo de apoiadores, com caminhões de som, que foram vetados neste ano.

Apesar das arquibancadas ocupadas neste ano, o público vibrou pouco. Os momentos de maior interação do público se deram, especificamente, quando eram vistos no telão ou avistavam algum parente em marcha de uniforme.

Lira não apareceu

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), foi a ausência mais sentida entre as autoridades. Ministros do governo, poucos parlamentares e o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD), compareceram.

Desde maio, o governo tenta consolidar o apoio do Centrão na Câmara. Só nesta terça-feira (6), após três meses de negociação, a articulação política do Planalto conseguiu destravar uma reforma ministerial para contemplar o PP e o Republicanos no Executivo. Mesmo assim, foram oferecidas pastas menos importantes. André Fufuca (PP) vai assumir o Ministério dos Esportes e Silvio Costa Filho (Republicanos) comandará a pasta de Portos e Aeroportos.

Verde e amarelo distribuídos e vermelho vindo de casa

Pouco verde amarelo apareceu entre o público neste ano em que o vermelho também apareceu. Foto: Renan Ramalho/Gazeta do Povo

Assim como a primeira-dama, Janja, que vestiu vermelho e decidiu chamar atenção no evento ao fazer o “L”, muitos foram dos presentes foram vistos com bonés vermelhos com o nome de Lula e a estrela do PT. Predominavam, no entanto, roupas coloridas na plateia. A organização do evento fez a distribuição gratuita de bonés nas cores verde, amarelo, azul e branco e pequenas bandeiras do Brasil.

Além dos adereços, cartilhas com elogios às Forças Armadas foram entregues ao público. O conteúdo trazia os eixos que destacam, segundo o Governo Federal, a atuação do Exército, Marinha e Aeronáutica: Paz e Soberania; Ciência e Tecnologia; Saúde e Vacinação e Defesa da Amazônia. No governo Bolsonaro, os lemas eram: Deus, Pátria, Família e Liberdade.

Via, Gazeta do Povo

Brasil Sem Fome: Lula lança programa que pretende tirar país do mapa da fome

Brasil Sem Fome: Lula lança programa que pretende tirar país do mapa da fome – Foto: Pedro Jordão

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criou o programa Brasil sem Fome ao assinar um decreto na última quinta-feira (31), em Teresina, no Piauí. O novo plano do governo prevê a retirada do país do mapa da fome novamente, com meta até 2030.

Além disso, também são metas do programa reduzir as taxas totais de pobreza do Brasil e reduzir a insegurança alimentar e nutricional.

“O problema não é falta de comida, não é falta de plantar. O problema é que o povo não tem dinheiro para ter acesso à comida. A gente só vai acabar com a fome de verdade ao garantir que todo trabalhador tenha emprego e salário, para comprar o que quiser”, declarou Lula.

Ele ainda comentou que o programa, assim como o Bolsa Família, não é uma solução definitiva, mas uma medida “quase de urgência” para atender pessoas mais necessitadas até “arrumar definitivamente a casa”.

O presidente ainda criticou a desigualdade social do Brasil, pontuando que o retorno do país ao mapa da fome é provocado por ela.

“A riqueza produzida neste país não é repartida em igualdade de condições. Alguns podem comer dez vezes por dia, e outros ficam dez dias sem comer. É isso que está errado e precisamos corrigir”, disse.

A fome não deveria acontecer no Brasil porque ele é “um país rico, que tem muita terra, é o terceiro maior produtor de grãos do mundo, o primeiro produtor de proteína animal do mundo. Qual a explicação para ter 33 milhões de pessoas passando fome?”, questionou Lula

Já o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, destacou que o Brasil Sem Fome se soma a outros programas de governo, como o Minha Casa Minha Vida.

“Nós, juntos, vamos, de novo, tirar o Brasil do mapa da fome. Nós vamos, ano a ano, reduzir a pobreza e vamos fazer isso trazendo dignidade. É casa para quem não tem casa, pelo Minha Casa Minha Vida; energia onde não chegou, água onde não chegou; comunicação”.

O Brasil Sem Fome garante, por exemplo, R$ 25 milhões para compra de alimentos de agricultura familiar para abastecer mais de 1.000 cozinhas solidárias em 25 estados do país e no Distrito Federal.

Além de Wellington Dias, estiveram com Lula no evento em Teresina o ministro de Portos e Aeroportos, Marcio França; a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva; a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco; a ministra das Mulheres, Aparecida Gonçalves; a primeira-dama, Janja.

Entre outros políticos como o governador do Piauí, Rafael Fonteles (PT), e o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT).

Lula sanciona novo salário mínimo e aumenta isenção do IR; saiba o que muda

Lula sanciona novo salário mínimo e aumenta isenção do IR; saiba o que muda – Foto: Ricardo Stuckert

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou, na última segunda-feira (27), no Palácio do Planalto, a Medida Provisória (MP) do novo salário mínimo, aprovada na semana passada pelo Congresso Nacional.

Participaram da cerimônia o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, o ministro chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, entre outras autoridades. 

O texto determina o valor do novo piso em R$ 1.320, em vigor desde o dia 1º de maio. A mudança significa um aumento de 2,8% em relação ao valor do início do ano, de R$ 1.302, fixado ainda no governo Jair Bolsonaro.

Outro ponto é a valorização permanente do salário mínimo, nos moldes do modelo adotado entre os anos de 2007 e 2019. O cálculo inclui, além da inflação acumulada do ano anterior, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), garantindo que, anualmente, haja valorização real do piso nacional.

A redação também prevê que os trabalhadores que ganham até R$ 2 112 por mês não terão mais que pagar o Imposto de Renda. Foi estabelecida ainda a possibilidade de os contribuintes não isentos optarem por um desconto de R$ 528 em relação ao imposto devido, sem necessidade de comprovar despesas à Receita.

Na prática, pessoas físicas que recebem mensalmente até R$ 2 640, também não terão de pagar IRPF se optarem por essa dedução simplificada. Antes da MP, a faixa de isenção estava fixada em R$ 1.903,98 por mês, valor congelado desde 2015.

Lula anuncia Ministério da Pequena e Média Empresa, 38ª pasta do seu governo

Lula anuncia Ministério da Pequena e Média Empresa, 38ª pasta do seu governo – Foto: Evaristo Sá/AFP

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou nesta terça-feira (29) o desejo de criar o Ministério da Pequena e Média Empresa, Cooperativas e Empreendedores Individuais. Caso se confirme, será a 38ª pasta do governo federal, na terceira gestão do petista.

“Eu estou propondo a criação do ministério da Pequena e Média Empresa, das cooperativas e dos empreendedores individuais, para que tenha um ministério específico para essa gente que precisa de crédito e oportunidades”, afirmou Lula durante o programa Conversa com o Presidente, programa semanal transmitido pela EBC.

“Quem nasceu dentro de uma fábrica, como eu, acha que emprego é só dentro de uma fábrica, mas tem gente que prefere trabalhar em casa, na rua. Nós precisamos entender que essa gente tem importância, e precisamos dar condições dessas pessoas terem acesso à crédito para dar o pontapé inicial”, defendeu Lula.

Ele ressaltou que, quando essa pessoa estiver ganhando dinheiro, vai pagar o crédito. “Por isso, quero valorizar muito os microempreendedores individuais, as cooperativas, as pequenas e médias empresas, porque elas geram 60 ou 70% dos empregos deste país”, concluiu o presidente.

O que Lula não disse é que o novo ministério também poderá ajudá-lo a acomodar sua base política, sendo destinado a um parlamentar do Centrão, que já manifestou o desejo por mais cargos no primeiro escalão do governo federal. Está prevista uma reforma ministerial para os próximos dias.

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