Jornal Folha Regional

ACMinas questiona ação da União contra tombamento do Lago de Furnas

A Associação Comercial e Empresarial de Minas (ACMinas) vai enviar ao Supremo Tribunal Federal (STF), neste início de dezembro, um documento que questiona uma ação da União contra o tombamento estadual do Lago de Furnas como patrimônio natural. A decisão de entrar no processo como entidade que apoia o tombamento é um dos resultados do grupo de trabalho criado este ano para analisar a situação econômica, ambiental e social da região.

A escassez hídrica e a falta de investimentos públicos na preservação dos lagos de Furnas e Peixoto, que formam o complexo da hidrelétrica de Furnas, resultaram em baixa importante dos níveis de água dos dois reservatórios, problema que impacta não só a geração de energia elétrica como a economia da região.

“A ACMinas entra com determinação na defesa do legítimo interesse de Minas Gerais, com demais entidades empresariais junto às instituições e ao setor político mineiro. Reivindica ao Governo Federal, acima de tudo, um plano de curto e médio prazo para recuperação dos lagos e cobra que a Lei das Águas e a Constituição Federal, que garantem o direito ao uso múltiplo das águas, sejam cumpridas”, disse Maria Elisa Ordones, coordenadora do Movimento Pró-Furnas 762 e integrante do grupo de trabalho da ACMinas.

A ACMinas, além de entrar no processo no STF em defesa do tombamento do Lago de Furnas, entregou ao presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Agostinho Patrus (PV), o relatório final do grupo de trabalho, que confirma o entendimento de que os níveis mínimos do nível de água nos dois reservatórios – 762 metros para Furnas e 663 metros para Peixoto – devem ser mantidos. Esse encontro foi realizado no dia 17 de novembro.

Maria Elisa Ordones acredita que a manutenção dos níveis mínimos nos dois lagos que compõem o complexo é fundamental para a economia como um todo da região.

“Já passou da hora de Minas Gerais ver atendida sua reivindicação quanto ao uso múltiplo das águas dos Lagos de Furnas e Peixoto. E, sem dúvida alguma, respeitando os níveis adequados para compatibilizar a geração de energia hidrelétrica com a necessidade econômico-social de 41 municípios lindeiros, cuja população aprendeu a garantir sua sobrevivência a partir das águas que inundaram as terras férteis do sul, sudoeste e centro-oeste de Minas quando da inauguração da Represa de Furnas”, disse.

Ainda como resultado do grupo de trabalho, a ACMinas vai acompanhar de perto as votações de projetos e emendas à Constituição (PEC) que estiverem em votação tanto na Câmara Federal quanto no Senado.

O tombamento

O complexo formado pelos lagos de Furnas e de Peixoto, no sul e sudeste de Minas Gerais, teve seu tombamento como patrimônio natural e paisagístico estadual aprovado pela Assembleia Legislativa em 4 de dezembro de 2020, através da Emenda Constitucional 106. Um ponto principal no tombamento é a manutenção de níveis mínimos de água dos reservatórios acima do mar, sendo 762 metros para o lago de Furnas e 663 metros para o de Peixoto. Esses níveis asseguram o turismo, a agricultura e a piscicultura da região.

Para ser efetivamente protegido como patrimônio, o Governo de Minas Gerais tem que fazer o tombamento administrativo do complexo, através do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha), que deve elaborar um dossiê com as diretrizes e encaminhar para o aval do Conselho Estadual de Patrimônio Cultural (Conep). Esse último processo começou em setembro.

Mas em junho, o governo federal impetrou uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIn) no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o governo de Minas Gerais questionando o tombamento. Na ação, a União alega que a medida de proteção do complexo hidrelétrico ofende a prerrogativa privada ao governo federal de legislar sobre águas e energia e também de exploração dos serviços e das instalações de energia

Via: Clic Folha.

Nova resolução da ANA para recuperar o Lago de Furnas começa a valer

Na última quarta-feira (1º) entrou em vigor a Resolução nº 111/2021, da ANA (Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico). O documento contém recomendações de operação temporárias, válidas até 30 de abril de 2022, com o objetivo de recuperar importantes reservatórios, dentre os quais está o Lago de Furnas.

A nova resolução reduz em 100 metros cúbicos a vazão na hidrelétrica de Furnas. Aparentemente, a medida é enxergada como uma opção para recuperar o Lago de Furnas e fazer com que ele finalmente atinja a cota mínima de 762 metros.

A Resolução foi elaborada no contexto do Plano de Contingência da ANA para a Recuperação de Reservatórios do SIN, que indica medidas adicionais de operação dos principais reservatórios de regularização do Sistema a serem adotadas no período úmido, de dezembro de 2021 a abril de 2022, para promover seu reenchimento.

O objetivo é atenuar os efeitos da situação de escassez hidroenergética deste ano, que tem provocado a redução significativa dos níveis dos reservatórios, aumentando a segurança hídrica e garantindo os usos múltiplos da água tanto em 2022 quanto nos anos seguintes.

De acordo com a Resolução ANA nº 111/2021, a ANA poderá adequar suas regras de operação de reservatórios emitidas no contexto do Plano de Contingência da ANA para a Recuperação de Reservatórios do SIN.

Quando os reservatórios estiverem operando para controle de cheia, as condições de operação contidas na Resolução ANA nº 111/2021 ficarão automaticamente suspensas e serão adotadas as Regras de Controle de Cheias estabelecidas pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

Em caráter excepcional, por até sete dias, o ONS poderá operar os reservatórios mencionados com condições diferentes das estabelecidas pela ANA para atendimento de questões elétricas ou energéticas. Nesse tipo de situação, o Operador Nacional do Sistema Elétrico terá até sete dias para apresentar justificativa para a Agência após cada evento.

Os operadores dos reservatórios indicados pela Resolução ANA nº 111/2021 deverão dar publicidade às informações técnicas de operação e deverão se articular com a Marinha para garantir a segurança da navegação e da vida humana nas regiões influenciadas pelos reservatórios citados.

Fonte: Jornal Tribuna

Execução fiscal contra ex-prefeito de Capitólio condenado pelo Tribunal de Contas poderá ser arquivada

A Procuradoria do Município de Capitólio (MG), por meio de uma de suas assessoras jurídicas, haveria manifestado no sentido de reconhecer a prescrição intercorrente, em face de uma execução contra o ex-prefeito José Gonçalves Machado, conhecido como Zé Cirilo. 

Em janeiro de 2008 a prefeitura entrou com uma ação de execução fiscal, cobrando judicialmente uma dívida, que é oriunda de uma condenação sofrida pelo ex-prefeito de Capitólio, perante o Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais. 

A propositura da ação pelo município foi no sentido de fazer valer a condenação proferida pelo TCE – MG, quanto a sua legitimidade para do ente lesado, no caso o município de Capitólio, para a propositura da execução. Ou seja, trata-se de ressarcimento aos cofres do erário público municipal.

Na época a ação foi distribuída no valor de R$ 72.253,85 (setenta e dois mil duzentos e cinquenta e três reais e oitenta e cinco centavos). Valor corrigido até 17 de janeiro de 2008. 

De acordo com informações, o pedido da prefeitura está equivocado e que não houve a prescrição nos autos. Segundo nos informado, a defesa do ex-prefeito havia conseguido uma decisão de suspensão da execução até o ano de 2018, quando os embargos do devedor por meio de sua defesa apresentada nesse tipo de ação havia transitado em julgado. 

Desde o ano 2018, a Procuradoria Jurídica da prefeitura não deu continuidade ao processo, como por exemplo, levando a leilão um lote penhorado na época para garantir o cumprimento da dívida, com o município.  

A redação do Jornal Folha Regional entrou em contato com o ex-prefeito Zé Cirilo, para saber as informações relacionadas ao seus dois mandatos e por que, não houve continuidade nos atos processuais de execução, porém, até o fechamento da matéria o mesmo não manifestou.

O Ministério Público não manifestou até o fechamento da matéria.

Nas eleições de 2008 o ex-prefeito apresentou à Justiça Eleitoral, bens avaliados em mais de R$ 8.000.000,00 (oito milhões de reais), de acordo com a Justiça Eleitoral.

‘Escolinha’ de futebol criada por vereador de Capitólio é sucesso nacional

Após não conseguir seguir a carreira em clubes de futebol por problemas pessoais, o vereador de Capitólio (MG), Lucas Oliveira (DEM), decidiu criar um projeto, chamado Escolinha de Futebol Construindo um Sonho, que ajuda crianças carentes através do esporte.

Segundo o vereador, ele sempre teve vontade de ajudar os adolescentes capitolinos. 

‘’Nunca saiu da minha cabeça a ideia de ajudar os meninos com esse projeto social, tirar eles das drogas e do vício da bebida alcoólica’’, disse.

Tudo começou com apenas um aluno, e logo depois com os outros. ‘’O projeto foi evoluindo. Montamos um time, e desse time montamos uma família’’.

Quando iniciou o projeto, Lucas sabia que seria difícil, já que não teria salário. Por isso, começou a vender verduras, de porta em porta, para auxiliar na alimentação de alguns atletas que não tinham condições financeiras de pagar. 

‘’Como eu vendia alface e outras coisas, não dava para ganhar muito, eram trinta, quarenta reais, às vezes só vinte. Saíamos às quatro da manhã, voltavamos às oito da noite. Eles tinham que tomar café da manhã, almoçar e jantar. Geralmente eles não tinham nem o que comer em casa. Tentamos fazer da melhor maneira possível para ajudar’’.

Assim que os outros alunos entraram na ‘escolinha’, Lucas se reuniu com eles e disse que ‘onde come um come todos, se o outro não come, a gente não come’. ‘’Foi assim que deu certo, um pensando no outro’’.

De acordo com o vereador, quando realizavam viagens, os alunos que tinham mais condições doavam uma pequena quantia para ajudar os outros. O valor então era adicionado com o dinheiro da venda das verduras. 

O programa começou a crescer, e os jovens começaram a disputar alguns campeonatos internos. Conforme Lucas, alguns professores já tinham passado com os mesmos alunos, porém, não conseguiram obter um resultado positivo. Apenas quando ele entrou que o quadro mudou. ‘’Começamos a disputar ‘campeonatinhos’ só dentro de Capitólio e Piuhmi, e de repente já estamos disputando campeonatos em São Paulo, Goiás e em vários outras partes do Brasil’’.

O interesse dos olheiros começou a partir daí. Em 2019, o time foi campeão do Minas 10 Cup, que aconteceu na Toca da Raposa. No dia, participaram diversas equipes de base, incluindo a do Cruzeiro. 

‘’Foi um projeto de muita luta, tínhamos que vender rifas e pedir patrocínios. Crescemos no coletivo, graças aos atletas, aos alunos e aos pais’’.

Tico, ex-jogador do Atlético Paranaense, convidou a equipe para fazer um teste no Paraná. Porém, eles não tinham nenhum valor em caixa para realizar a viagem. Em quatro horas, eles teriam que arrumar R$ 4.200,00, e arrumaram, graças a população capitolina. 

‘’Tudo que fizemos foi com muita luta, muita honra, muita glória e muita fé em Deus. Porque foi através dele que conseguimos alcançar esses objetivos. Hoje estamos em BH disputando o Brasileirinho, com diversas equipes. De Capitólio, cinco atletas foram selecionados: Vinicius, Cauã, Adrian, Miguel e Vanilto. Junto com a equipe de Piuhmi, eles estão em busca de lutar pelos seus sonhos. Sabemos que é difícil, mas não impossível’’.

O legislativo agradece a atual gestão de Capitólio por todo apoio oferecido. 

‘’Gostaria de agradecer ao prefeito Cristiano, que vem apoiando o esporte da melhor forma possível, sem deixar faltar nada, dando todo o suporte, para todas as modalidades. Eu como vereador também estou aqui para atender a população e dando minha cara a tapa por qualquer área que seja’’, finalizou Lucas.

Presidente da Câmara de Capitólio decide rescindir contrato com assessoria jurídica por R$6.500,00 para trabalhar duas vezes por semana

Na última sexta-feira (12), a presidente da Câmara Municipal de Capitólio (MG), Miriam Salete Rattis Batista Santos (DEM), emitiu uma nota referente à contratação de uma empresa com o objetivo em prestar serviços de assessoria jurídica duas vezes por mês conforme contrato divulgado pelo Jornal Folha Regional, a qual receberá R$6.500,00 por mês, ou seja R$3.250,00 por cada presença física na casa legislativa.

Conforme nota assinada pela presidente, a empresa trabalhará em temas muito sensíveis e específicos da Câmara Municipal, os quais impactam na vida de todos os capitolinos, como reformas da Lei Orgânica do município de Capitólio e do Regimento Interno da Câmara Municipal, treinamento teórico e prático dos servidores e vereadores, entre outros. E em destaque no texto a empresa será responsável pela FISCALIZAÇÃO das contas do Poder executivo.

Na última quinta-feira (11), em diversos grupos de whats de Capitólio, internautas que residem na cidade, mostraram-se indignados com a contratação, tendo em vista que a Câmara já conta com um assessor jurídico com grande experiência na área legislativa.

Na ocasião, oito vereadores também manifestaram que não tinham conhecimento sobre tal contratação.

Alguns vereadores reuniram e decidiram levar o documento de contrato para conhecimento do Ministério Público.

Na manhã desta terça-feira (16), a presidente da Câmara Municipal, divulgou a rescisão do contrato, ou seja o distrato amigável entre Câmara e Empresa que prestaria os serviços.

A atitude da vereadora foi elogiada como sensata.

“O que está errado temos que ir atrás e abrir os olhos, e o que está certo temos que elogiar. A decisão da Mirian foi sensata e com certeza ela analisou e viu que não seria viável esta despesa no momento”, informou o advogado Luciano Augusto.

Presidente da Câmara de Capitólio decidi rescindir contrato com assessoria jurídica por R$6.500,00 para trabalhar duas vezes por semana

Na última sexta-feira (12), a presidente da Câmara Municipal de Capitólio (MG), Miriam Salete Rattis Batista Santos (DEM), emitiu uma nota referente à contratação de uma empresa com o objetivo em prestar serviços de assessoria jurídica duas vezes por mês conforme contrato divulgado pelo Jornal Folha Regional, a qual receberá R$6.500,00 por mês, ou seja R$3.250,00 por cada presença física na casa legislativa.

Conforme nota assinada pela presidente, a empresa trabalhará em temas muito sensíveis e específicos da Câmara Municipal, os quais impactam na vida de todos os capitolinos, como reformas da Lei Orgânica do município de Capitólio e do Regimento Interno da Câmara Municipal, treinamento teórico e prático dos servidores e vereadores, entre outros. E em destaque no texto a empresa será responsável pela FISCALIZAÇÃO das contas do Poder executivo.

Na última quinta-feira (11), em diversos grupos de whats de Capitólio, internautas que residem na cidade, mostraram-se indignados com a contratação, tendo em vista que a Câmara já conta com um assessor jurídico com grande experiência na área legislativa.

Na ocasião, oito vereadores também manifestaram que não tinham conhecimento sobre tal contratação.

Alguns vereadores reuniram e decidiram levar o documento de contrato para conhecimento do Ministério Público.

Na manhã desta terça-feira (16), a presidente da Câmara Municipal, divulgou a rescisão do contrato, ou seja o distrato amigável entre Câmara e Empresa que prestaria os serviços.

A atitude da vereadora foi elogiada como sensata.

“O que está errado temos que ir atrás e abrir os olhos, e o que está certo temos que elogiar. A decisão da Mirian foi sensata e com certeza ela analisou e viu que não seria viável esta despesa no momento”, informou o advogado Luciano Augusto.

Criança é flagrada pilotando moto aquática no Lago de Furnas

Menor de idade estava sem qualquer adulto por perto

Uma criança foi flagrada pilotando uma moto aquática na manhã desta segunda-feira (15), próximo ao Clube Náutico no Lago de Furnas. A imagem mostra o menino controlando o jet ski sem a presença de qualquer adulto por perto.

O fato ocorreu entre os municípios de São Batista do Glória e São José da Barra. Para pilotar uma moto aquática, é preciso ter pelo menos 18 anos e passar por habilitação e treinamento específico.

Presidente da Câmara Municipal de Capitólio contrata assessoria jurídica por R$6.500,00 para trabalhar duas vezes no mês e população se indigna

No último dia 05 de novembro, a presidente da Câmara Municipal de Capitólio (MG) Miriam Salete Rattis Batista Santos (DEM), assinou um documento contratando a empresa Paulo Luciano de Oliveira Carlos Sociedade Individual de Advocacia, pelo valor de R$6.500,00 (seis mil e quinhentos reais) mensais, pelo período de um ano, com o objetivo em serviços especializados de consultoria e assessoria jurídica em direito público.

De acordo com o documento os serviços serão prestados presencialmente duas vezes por mês, com agendamento prévio, preferencialmente nos dias de reuniões ordinárias na Casa Legislativa.

A contratação foi divulgada na última reunião ordinária da Câmara, que aconteceu na última quarta-feira (10), onde diversos vereadores ficaram surpresos com a notícia e atitude da presidente da casa.

O vereador Cláudio Ramos (PP), disse que ele e os vereadores Cristiane, Lucas e Vandinho foram surpreendidos com a notícia durante a reunião da Câmara, e ambos são totalmente contra a contração.

“Já temos uma assessoria jurídica na Câmara e não vejo necessidade de um gasto a mais, tendo em vista que o servidor é competente para as demandas. O profissional contratado se apresentou na reunião da Câmara e pelo que ouvi ele é especialista em improbabilidade administrativa”, informou o legislativo.

Ainda acordo com Cláudio, uma reunião foi agendada com os vereadores contrários à decisão da presidente e irão acionar o Ministério Público (MP), pois, todos foram eleitos para trabalhar em prol do povo e não onerar prejuízos aos cofres públicos.

Para o advogado Paulo Henrique de Araújo, houve uma grave falha nessa contratação, posto que ao que se sabe não foi apresentado aos demais vereadores nenhum relatório ou levantamento de demanda que justificasse tal necessidade. 

“Muitos vereadores nem sabiam da referida contratação. O advogado que presta assessoria atualmente é experiente tendo inclusive assessorado o Poder Executivo municipal no passado. É sabido que a câmara municipal de Capitólio não possui demandas jurídicas de alta complexidade que possam demandar serviços jurídicos específicos ou singulares, razão pela qual entendo que a Lei Geral de Licitações foi descumprida e violada”, informou o advogado.

Dr. Paulo ainda ressalta que ao analisar a referida contratação pelo contexto atual da Pandemia promovida pela COVID-19, ele acredita que a Lei Complementar Federal n⁰ 173, que impôs ao gestor público várias limitações, também foi violada posto que a referida contratação gerou despesa adicional ao erário da Câmara Municipal. 

“A referida lei proibiu de forma expressa o aumento de despesa que não esteja engajada nas atividades de combate e contenção da pandemia”, frisou Paulo.

Veja o contrato na íntegra:

Vejamos o que diz a Lei Complementar n⁰ 173:

Art. 8º Na hipótese de que trata o art. 65 da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios afetados pela calamidade pública decorrente da pandemia da Covid-19 ficam proibidos, até 31 de dezembro de 2021, de:

(…)

IV – admitir ou contratar pessoal, a qualquer título, ressalvadas as reposições de cargos de chefia, de direção e de assessoramento que não acarretem aumento de despesa, as reposições decorrentes de vacâncias de cargos efetivos ou vitalícios, as contratações temporárias de que trata o inciso IX docaputdo art. 37 da Constituição Federal, as contratações de temporários para prestação de serviço militar e as contratações de alunos de órgãos de formação de militares;

Ainda prevê a proibição:

VII – criar despesa obrigatória de caráter continuado, ressalvado o disposto nos §§ 1º e 2º.

“Entendo que por se tratar de criação de despesa obrigatória de caráter continuado a mesma não poderia ser realizada, posto que há proibição expressa no inciso Vl acima citado. Acredito que não há singularidade nas demandas jurídicas da Câmara Municipal que justifique essa contratação por inexigibilidade o que acarreta violação da Lei Geral de Licitações. Ademais há questão subjacente muito mais grave e tormentosa. Analisando as falas de alguns vereadores, conclui-se que referida contratação não foi devidamente discutida entres os mesmos, alguns vereadores declararam que nem mesmo sabiam da contratação o que revela uma grave violação ao princípio democrático que sempre deve prevalecer. Lembremos que cada vereador representa uma parcela da população, o que força o entendimento de que as decisões que gerem gastos públicos devem ser tomadas de maneira coletiva para que tenham maior legitimidade. Pelo visto isso não foi feito”, disse Araújo.

O advogado que está sempre a disposição da população pelo seu amplo conhecimento na área política, discorda totalmente da conduta da presidente atual.

“Na minha opinião, a referida decisão carece de legitimidade, de bom senso e até mesmo revela uma tendência à arbitrariedade posto que a vereadora não permitiu um amplo debate sobre a questão. Ressalto ainda que a própria lei Orgânica do Município de Capitólio ou seja, a principal lei do município exige que as contratações de temporários sejam feitas pela Mesa Diretora e não pela presidente de forma isolada. O princípio democrático foi, sem sombra de dúvidas, violado e desrespeitado, posto que todos os cidadãos e cidadãs de Capitólio que se fazem representados e representadas pelos vereadores eleitos e não ouvidos pela presidente atual não tiveram a chance de participar do processo de tomada de decisão sobre referida contratação. Entendo que referida contratação seja levada ao conhecimento do Ministério Público para que o órgão de fiscalização atue”, finalizou Dr. Paulo.

A vereadora Cristiane Amorim (PP), disse estar surpresa e até mesmo assustada com a atitude da presidente.

Para o advogado Luciano Augusto não existe necessidade desta contratação, principalmente em período de contenção de gastos.

“R$6.500,00 para trabalhar duas vezes por mês? Isso é inaceitável! A população está contrária com tal decisão da presidente e com razão, pois, o dinheiro do povo precisa ser gasto com responsabilidade”, disse Dr. Luciano.

A redação do Jornal Folha Regional  entrou em contato com a presidente da Câmara Municipal de  Capitólio, mas até o fechamento da matéria não teve retorno.

Prefeito e Secretário de Turismo de Capitólio participam da Convenção dos Municípios Brasileiros em Lisboa

Seguindo o programa Reviva Turismo, Secult entra na fase de internacionalização do destino Minas. Cozinha Mineira é trabalhada como o principal atrativo do estado

Minas Gerais está tendo destaque na Convenção dos Municípios Brasileiros, entre os dias 10 e 13 de novembro em Lisboa, Portugal. O estado está representado pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult). O evento visa divulgar o potencial turístico específico dos estados e municípios brasileiros diretamente ao público europeu através de Portugal, porta de entrada do Brasil na Europa.

Além da divulgação das paisagens, patrimônios históricos, cultura e atrativos turísticos de Minas Gerais, um dos pontos altos do evento será o jantar de abertura para 100 convidados, que terão a oportunidade de se deliciar com a cozinha mineira. O jantar, promovido pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH) em parceria com a Secult, será assinado pelo chef Édson Puiati e terá como objetivo a internacionalização da comida e cultura mineira.

A Secult estará com um estande na convenção, como parte das ações do Programa Reviva Turismo e terá a presença do secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira, além de equipe técnica. Também participarão representantes das secretarias de Turismo de Governador Valadares, Brumadinho e da Associação das Cidades Históricas Mineiras, além de empresários do ramo turístico, da CDL-BH e Embaixada do Brasil em Portugal. Os municípios de Capitólio e Poços de Caldas também estarão presentes com estandes.

O evento, que também celebra o Bicentenário de Independência do Brasil, será uma oportunidade de apresentar o potencial turístico para empresas portuguesas e europeias do segmento, a convenção possibilitará a interlocução direta como a feira de negócios, encontro com investidores e troca de experiências.

Segundo o secretário de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira, é a presença na convenção é um investimento na atração de visitantes para o estado. “É um momento histórico. É reforçar Minas para o Mundo e fortalecer a Mineiridade. Portugal é o segundo país que mais envia turistas para Minas e é a porta de entrada para Europa, principalmente com os voos da TAP, diretos, entre Confins e Portugal. Além disso, Minas tem muitos de seus patrimônios históricos com referência direta da colonização portuguesa”, afirmou.

Ainda durante a Convenção está prevista a assinatura do protocolo de intenções entre a fundação de arte de ouro preto (Faop), vinculada à Secult, e o Instituto de Formação dos Países de Língua Oficial Portuguesa (IF/CE-CPLP). O objetivo é o desenvolvimento e o intercâmbio de ações conjuntas de Extensão no campo da cultura em parceria com outras instituições afins.

Um estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas aponta que a cada R$ 1 investido em promoção internacional, R$ 17,60 retornam em impacto econômico positivo para o destino e R$ 1,35 retornam em tributos.

Momento oportuno
Segundo Maristela Valadares, idealizadora do projeto, o momento é oportuno para a exportação da identidade cultural e gastronômica brasileira em território lusitano, mostrando por que o Brasil é um dos destinos mais procurados do mundo.

“O evento marca este reinício, já que estamos vendo a economia aquecer novamente, juntamente com o turismo. É um momento ideal, pois a maioria das pessoas está vacinada e o verão europeu proporciona uma maior socialização, mesmo com as medidas de prevenção sendo tomadas. Por isso, pretendemos divulgar, diretamente ao público-alvo toda a potencialidade turística dos estados e municípios participantes que, inclusive, poderão expor seus produtos na feira, realizada no Dom Pedro Hotéis”, explica.

Realizado pelo Instituto Realidade Brasil, e será sediado todo evento no Dom Pedro Lisboa, o evento é o cenário perfeito para a retomada do turismo pós-pandemia, que aponta a procura de locais de baixa concentração de pessoas e, principalmente, focado em atividades ao ar livre. “A diversidade de paisagens, culturas e tradições proporcionadas pelo Brasil faz com que o público europeu possa escolher as diversas opções, de praias à floresta, de passeios culturais em cidades históricas à gastronomia ou as belezas naturais de cachoeiras, rios e montanhas”, finaliza a idealizadora do projeto Maristela Valadares.

O Prefeito de Capitólio Cristiano Geraldo da Silva (PP), e o Secretário de Desenvolvimento Econômico Lucas Arantes estão em terras portuguesas para participarem do evento e divulgarem a cidade “Rainha dos Lagos”.

“Viemos com o objetivo em divulgar o turismo de Capitólio e de todo o Lago de Furnas e estamos aqui com o projeto ‘Minas para Minas, Minas para o Brasil e Minas para o Mundo’. Estamos também criando para Capitólio o projeto na mesma linha: ‘Capitólio para Minas, Capitólio para o Brasil e Capitólio para o Mundo’, buscando a internacionalização de todo o turismo regional com as belezas naturais do Lago de Furnas e da Serra da Canastra. Serão quatro dias, os quais vamos participar de diversos eventos, com rodadas de negócios, expondo no estande de Capitólio todos os nossos atrativos. Estamos muito satisfeitos em poder fazer parte deste evento”, disse o executivo.

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