Jornal Folha Regional

Queijo artesanal de Minas pode virar patrimônio imaterial da humanidade

Os Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal podem ser considerados, em 2023, um patrimônio imaterial da humanidade. Durante seis dias, na 17ª Sessão do Comitê Intergovernamental para Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial da Unesco, em Rabat, no Marrocos, uma comitiva composta pelo pelas secretarias de estado de Minas Gerais da Cultura e Turismo (Secult) e de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) e pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) participou do evento para defender a candidatura do produto mineiro.

No sábado, 3, último dia do encontro, a Unesco apresentou os critérios para a priorização de candidaturas, a serem analisadas no próximo ano, e o queijo artesanal de Minas se encaixa neles.

Para o superintendente de Abastecimento e Cooperativismo da Seapa, Gilson de Assis Sales, a oportunidade reforça o papel de vanguarda do Queijo Minas Artesanal. “A candidatura vai nos mostrar o caminho que deve ser trilhado para outros produtos de Minas Gerais e outros queijos artesanais. Uma ação como esta gera curiosidade nas pessoas, atrai novos consumidores, traz mais vendas para os produtores, rentabilidade e, em consequência, desenvolvimento para o setor”, afirma.

Já a secretária de Estado Adjunta de Cultura e Turismo, Milena Pedrosa, destaca a relevância da promoção das tradições mineiras. “É muito necessário que juntos possamos fortalecer nossa cultura, nossa arte e também os nossos saberes tão valiosos para Minas Gerais”, diz.

REGIÕES PRODUTORAS

Em 2021, o Iphan modificou o título do bem cultural para Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal, ampliando o território de abrangência do registro para as regiões identificadas pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG). As novas regiões agregadas foram Araxá, Campo das Vertentes, Serras do Ibitipoca, Triângulo de Minas, Diamantina e Entre Serras da Piedade e do Caraça. Até então, constavam Canastra e Serro.

A chefe de gabinete da Emater-MG, Marina Simião, ressalta os esforços da empresa para a promoção do produto tipicamente mineiro. “Na medida em que temos o reconhecimento dos Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal como patrimônio imaterial da humanidade, a Emater também é valorizada pelo trabalho que é feito no campo. Parte dos estudos produzidos e encaminhados vem exatamente pela caracterização que a Emater faz das regiões produtoras, detalhando o ‘terroir’ e o histórico em torno dessa produção”, relata.

DOSSIÊ

O passo seguinte após a sessão realizada no Marrocos é a conclusão, nas próximas semanas, do dossiê para a candidatura a patrimônio imaterial, pelas equipes técnicas do Governo de Minas e do governo federal. O prazo para envio se estende até março de 2023. Já a deliberação sobre a inscrição na lista representativa deve acontecer no fim de 2024.

A redação do documento é realizada pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha) e pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), com a supervisão do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A previsão é de que ele esteja protocolado até o fim deste mês de dezembro. (Clic Folha)

Campanha defende título de Patrimônio Imaterial da Humanidade para os Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal

Comitiva mineira vai buscar reconhecimento da tradição na Unesco, durante evento programado para o período de 27/11 a 2/12, no Marrocos

A cultura mineira vai marcar presença no Marrocos. Ação do Governo do Estado de Minas Gerais, juntamente com o governo federal, busca consolidar a candidatura dos Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal à Lista Representativa do Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade da Unesco. Esta será a primeira vez que um bem cultural brasileiro descrito no Livro de Registro dos Saberes vai buscar esse reconhecimento internacionalmente. 

Unindo forças e mobilização, produtores do estado, por meio da Associação Mineira de Produtores de Queijo Artesanal (Amiqueijo), vão integrar uma comitiva que participará da 17ª Sessão do Comitê Intergovernamental para Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial da Unesco, a ser realizada em Rabat, no Marrocos.

A iniciativa tem apoio do Governo de Minas por intermédio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG), da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG) e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

O evento terá início em 27/11 e segue até 2/12. sendo voltado para a análise de diversas candidaturas. A intenção dessa campanha é sensibilizar o Secretariado Intergovernamental da Unesco acerca da importância Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal e realizar uma maior divulgação da proposta brasileira para o público participante e para a imprensa internacional.

Uma programação complementar vai contribuir para esse objetivo: a montagem da Exposição do Queijo Minas Artesanal e um Workshop de Experiência Imersiva sobre os Modos de Fazer O Queijo Minas Artesanal, degustação de queijos das distintas regiões produtoras, além de reuniões técnicas no evento.

A candidatura promoverá mundialmente a cozinha mineira e a cultura brasileira, divulgando os Modos de Fazer O Queijo Minas Artesanal, além de potencializar a própria economia. “Este reconhecimento da Unesco pode elevar o nosso queijo a outro patamar. Hoje compramos queijos do mundo todo, mas não podemos exportá-lo. Estamos trabalhando para que a legislação seja atualizada, e o título de patrimônio imaterial da humanidade pode contribuir muito nesse sentido porque tem um nome muito grande. É uma chancela que vai além dos governos”, ressalta o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira. 

Outro aspecto é o benefício que isso pode representar na esfera do turismo. “Esse reconhecimento pode favorecer a atração de mais turistas que interessados em conhecer de perto os modos de fazer o queijo artesanal de minas. Então, as fazendas vão poder oferecer essa experiência, movimentando a rede hoteleira e a atividade turística, o que reforça a imagem de Minas Gerais como destino mundial de gastronomia”, completa Oliveira.

Para o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Thales Fernandes, esta é uma oportunidade para demonstrar o quanto os produtores mineiros de queijos artesanais têm evoluído no atendimento das demandas da sociedade, cada vez mais exigente. “Nossos queijos têm mantido a tradição, ao mesmo tempo que seguem inovando com as boas práticas de produção, viabilizando a entrada em mercados cada vez mais diferenciados. Esse reconhecimento vai levar o modo de produção do Queijo Minas Artesanal para uma escala de alcance de todos os países e isso é muito importante para Minas Gerais”, reforça.

Representando a Emater-MG na missão em Rabat, no Marrocos, a chefe de gabinete, Marina Simião antecipa que a comitiva mineira, incluindo os produtores de queijo farão visitas técnicas no intuito de trocar experiências tanto sobre a agricultura familiar, quanto sobre a produção do queijo artesanal e o cooperativismo. Além disso, ela ressalta a forma como a conquista desse título pode fortalecer a parceria entre os produtores e a própria Emater.

“Essa missão é relevante porque na medida em que temos o reconhecimento dos Modos de Fazer O Queijo Minas Artesanal como patrimônio imaterial da humanidade, a Emater também é valorizada pelo trabalho que é feito no campo. Parte dos dossiês produzidos e encaminhados vem exatamente pela caracterização que a Emater faz das regiões produtoras, detalhando o ‘terroir’ e o histórico em torno dessa produção. A Emater, assim, contribui por meio do trabalho de assistência técnica e extensão rural junto aos produtores de queijo para alcançar chancela”, acrescenta Marina Simião.

Após a participação no evento da Unesco no Marrocos, a perspectiva é dar sequência aos trâmites necessários para a formalização da candidatura cujo prazo é até 30 de março de 2023. Uma das etapas é o encaminhamento de um dossiê ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que o entregará em seguida à Unesco. A avaliação final da candidatura é feita até 2024.

Vale lembrar que um passo importante para a busca desse título foi dado em setembro deste ano, durante a 4ª edição do Festival do Queijo Artesanal de Minas, evento promovido pelo Sistema Faemg Senar e o Sebrae/MG, em Belo Horizonte. No dia 24/9, a Associação Mineira dos Produtores de Queijos Artesanais de Minas Gerais (Amiqueijo) fez a entrega simbólica do pedido de candidatura dos Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal a Patrimônio Imaterial da Humanidade ao ministro do Turismo, Carlos Brito, e à presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Larissa Peixoto.

Para o presidente da Comissão Técnica do Queijo Minas Artesanal do Sistema Faemg Senar, Frank Mourão Barroso, a campanha de promoção internacional dessa candidatura demonstra o trabalho de instituições que se uniram para apresentar e solicitar a inclusão do QMA (Queijo Minas Artesanal), como Patrimônio Imaterial da Humanidade, tendo em vista sua importância.

“A produção do QMA é feita por agricultores familiares, respeitando o tradicional modo de fazer desde a colonização do Brasil. Com boas práticas de produção, fabricação e segurança alimentar, nessa missão vamos promover uma interação com os participantes para degustação da iguaria e apresentação de vídeos e mídias impressas que mostrarão aos representantes da Unesco a importância cultural, social e econômica do QMA para os brasileiros e mineiros”, afirma. “A Faemg representa os produtores estaduais de Queijo Minas Artesanal, e este sendo reconhecido pela Unesco facilitará a abertura dos mercados nacional e internacional”, conclui.

A ação internacional do Governo de Minas no Marrocos conta com a parceria, apoio e patrocínio do Sistema Faemg Senar, Sebrae/MG, Gerdau, Centro de Referência do Queijo Artesanal, Associação Mineira do Queijo Artesanal (Amiqueijo) e Instituto Periférico e Faculdade Estácio.

Diversidade

Existem hoje cerca de 30 mil produtores de queijos em Minas Gerais e, desse total, aproximadamente 9 mil são produtores de Queijo Minas Artesanal (QMA) com produção aproximada de 40 mil toneladas anuais. Além disso, 112 queijarias estão registradas no Instituto Mineiro de Agropecuária com o Selo Arte, o que permite a comercialização dos queijos em todo o território nacional.

São dez as principais regiões onde o QMA é produzido, onde o Modo de Fazer, o clima, o território e a biodiversidade de cada região conferem sabores e qualidades singulares incorporando nuances e características locais. O resultado é uma diversidade de cores, texturas e sabores que vêm conquistando o paladar dos brasileiros e até dos mais exigentes especialistas.

Tanto que, em 2022, seis queijos mineiros conquistaram medalhas no World Cheese Awards, importante concurso europeu que aconteceu desta vez no País de Gales. E, em 2021, os produtores mineiros conquistaram 40 medalhas no concurso internacional Mondial du Fromage et des Produits Laitiers, realizado na França.

Histórico do registro do bem cultural

Em 2002, o Modo de Fazer do Queijo Minas Artesanal foi reconhecido na região do Serro pelo Iepha/MG, sendo o primeiro bem cultural registrado por Minas Gerais como patrimônio imaterial. Em 2008, o Iphan registrou o Modo Artesanal de Fazer Queijo de Minas, contemplando três regiões: Serro, Serra da Canastra e Serra do Salitre/Alto Paranaíba.

Em 2021, o Iphan alterou o título do bem cultural para Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal, ampliando o território de abrangência do registro para as regiões identificadas pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG). As novas regiões identificadas foram: Araxá, Campo das Vertentes, Serras do Ibitipoca, Triângulo de Minas, Diamantina e Entre Serras da Piedade e do Caraça.

Site americano divulga Queijo Canastra como melhor do mundo

Produtores de Queijo Canastra acordaram nesta terça-feira (21) com a notícia de que a iguaria produzida por eles está no topo de uma lista dos “50 melhores Queijos do Mundo”, de acordo com o site Taste Atlas, que se auto intitula “O Atlas da Comida Mundial”. O queijo mineiro aparece em primeiro lugar à frente dos mundialmente conhecidos Grana Padano, Gorgonzola, burrata e pecorino, entre outros.

“Sim, com certeza, é uma notícia para ser comemorada”, diz o jornalista gastronômico e especialista em queijo, Eduardo Girão, embora faça uma ressalva: “Os critérios sobre como foi feita a votação, não são claros. Não dá pra saber se foi por voto popular ou se um grupo de críticos opinou”, disse.

O gerente executivo da Associação dos Produtores de Queijo da Canastra (Aprocan), Higor Freitas, também ficou curioso a respeito e pesquisou. Chegou à conclusão que o Taste Atlas é uma plataforma colaborativa, nos mesmos moldes do Wikipedia, em que os próprios usuários vão alimentando, enviando fotos, comentários e dando notas aos pratos e estabelecimentos. “É um ranking, um guia das principais comidas típicas e restaurantes ao redor do mundo, com uma categoria exclusiva para queijos”.

“E não é mal feito”, emenda Girão. “Não vi nenhuma bobagem escrita lá, mas também não vi como votar. O site pode ser ótimo, a iniciativa também, só não está claro como as coisas funcionam”. O jornalista apurou que o site foi idealizado pelo também jornalista croata Matija babic, ex-editor do outro site chamado Index. A reportagem tentou contato com os responsáveis pelo Taste Atlas pela conta deles no Instagram, mas não obteve resposta até o fechamento dessa edição.

A despeito dos critérios utilizados, Girão disse que o Canastra é um dos seus preferidos. Tem sabor de média intensidade, é ligeiramente picante e de boa qualidade. “É um queijo versátil, que pode ser harmonizado com várias bebidas. Eu já o harmonizei com café, vinho, cerveja, cachaça, drinques e até chá.

O que é preciso observar é o perfil de maturação e o sabor de cada queijo para escolhermos qual café, qual vinho e qual cerveja”, ensina.

Só alegria

Qualidade e versatilidade foram, aliás, exatamente, os predicados usados pelo produtor de queijo e associado da Aprocan, João Carlos Leite, para justificar mais esse reconhecimento internacional. “Estou muito feliz com a novidade. Esse Canastra só me dá alegria. Não podemos negar a qualidade do produto que tornou-se mundialmente conhecido graças ao apoio da Federação da Agricultura do Estado de Minas Gerais (FAEMG), do Sebrae, da mídia e dos turistas que divulgam através do boca a boca”, disse.

Quem quiser conhecer mais sobre os queijos da Serra da Canastra, pode acessar o portal www.queijodacanastra.com.br onde consta a relação de todos os produtores, com contato telefônico ou e-mail. Higor Freitas lembrou que grande parte dos queijos dessa região vêm com um selo de caseína. Basta apontar o código contido nele para o leitor do site e ter informações de procedência, autenticidade, data de fabricação e modo de produção. O portal também traz uma relação de lojas na capital e interior onde se pode adquirir o queijo.

O Canastra segundo o Taste Atlas:

O Canastra é um queijo brasileiro feito de leite cru de vaca. É originário da região da Serra da Canastra no estado de Minas Gerais, daí o nome. O queijo cilíndrico é semi-duro ou ligeiramente macio, e seu sabor é levemente ácido e levemente picante.

Tradicionalmente, a Canastra amadurece por 21 dias, mas alguns produtores deixam amadurecer ainda mais, até 40 dias, quando seu sabor lembra o da Grana Padano. Antigamente, o queijo era feito para ocasiões especiais, como visitas da realeza e capitães.

Recomenda-se tomá-lo com vinho tinto, cerveja escura e pasta de goiaba. Em 2008, este queijo foi declarado Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil.

Via: Itatiaia.

Piumhi se destaca em concurso mundial de queijos na França

Produtores de queijo de Minas Gerais conquistaram 40 das 57 medalhas brasileiras no concurso internacional “Mondial du Fromage et des Produits Laitiers”, que aconteceu entre 12 e 14 de setembro. O Brasil ficou em segundo lugar no ranking, atrás apenas da França, anfitriã do evento. No total, 46 países participaram e 331 medalhas foram entregues.

Os mineiros também receberam quatro medalhas Super Ouro, as mais importantes da premiação, e apenas uma foi recebida por produtores de outro estado do Brasil. O país recebeu ao todo 5 medalhas Super Ouro. Os vencedores de Minas são: Queijo Minas Artesanal Quilombo na Cachaça – Ivacy Pires Dos Santos (Sabinópolis, região do Serro, Serra da Canastra); Canastra Reserva do Ivair – Ivair José De Oliveira (São Roque de Minas, Serra da Canastra); Queijo Santo Casamenteiro – Laticínios Cruzília (Cruzília, Sul de MG); e Queijo Canastra Serjão Maturado 100 Dias – Sergio De Paula Alves (Piumhi).

Depois da França, Brasil é o país com mais medalha no concurso mundial de queijos

Profissionais de 46 países presenciaram o sucesso brasileiro no Mondial du Fromage et des Produits Laitiers de Tours, na França, que aconteceu do dia 12 a 14 de setembro, voltado para profissionais da cadeia láctea. “Não deu para ser discreto nem para guardar distância diante do resultado, 57 medalhas foi demais para nossos corações” confessou Heloisa Collins, produtora de queijo de cabra de Joanópolis-SP. Ela mesma enfrentou 10 dias de quarentena na Suíça para poder entrar legalmente na França, junto com Carolina Vilhena da BelaFazenda e Vanessa Alcolea da Pardinho Artesanal, todas produtoras paulistas.

Ao todo, o Brasil conquistou cinco medalhas super ouro, as mais cobiçadas e mais raras

Da cidadezinha de Tapira, com menos de 5 mil habitantes, na fronteira das regiões queijeiras da Canastra e Araxá em Minas Gerais, saiu dona Maria Geralda, 57 anos, e Leandra Goulart, produtoras de queijo minas artesanal com Selo Arte. Foi a primeira viagem internacional das duas. Chegaram e nem foram conhecer a Torre Eiffel, a missão era entregar os queijos sãos e salvos antes do dia 8 de setembro para o concurso.

No mesmo avião e com o mesmo destino vieram o Ivair e Nonato, do Serro; Johne, Holorico e Rogério da Canastra, com as esposas; Osvaldinho de Alagoa e Camila Almeida da Estância Silvania… Ao grupinho charmoso de produtoras paulistas se uniu Maristela Nicolellis da Fazenda Santa Luzia (Itapetininga-SP), que conseguiu a vacina na última hora para poder viajar.

Para participar do concurso é preciso ter um stand no salão. A associação SerTãoBras, que trabalha pela valorização do queijo artesanal brasileiro, foi responsável pela organização do envio de 183 queijos de 57 produtores. Ao todo, concorreram 940 queijos de 46 países.

Queijeiras premiadas. Vanessa da Padrinho Artesanal, Carolina da BelaFazenda, Camila da Instância Silvania e Helo Collins da Cabril do Bosque

O Brasil sozinho concorreu com quase 20% dos queijos e levou a mesma proporção de prêmios: foram 331 medalhas concedidas no total. “Mas este concurso está virando um evento brasileiro” comentou Virginie Dubois, a francesa que já esteve no Brasil para dar cursos de queijo na ExpoZebu.

O stand brasileiro foi o mais animado e mais colorido. “Como podemos ter estes queijos premiados nas nossas lojas na França?”. Essa foi a pergunta mais escutada no evento.

“Com todas as dificuldades para viajar e trazer os queijos, estávamos todos ansiosos. Foi muito bom que muitos de nós tivemos a oportunidade de ser jurados, em mesas de 25 queijos, divididos em 2 ou 3 categorias. Uma beleza ver toda aquela variedade de formatos e cores e poder sentir a diversidade de aromas, sabores e texturas” disse Heloísa.

Ao todo, o Brasil conquistou cinco medalhas super ouro, as mais cobiçadas e mais raras, entre eles o queijo Mandala 12 meses, da Pardinho Artesanal e o Canastra reserva do Ivair. Onze de ouro, 24 de prata e 17 de bronze. Confira abaixo a relação completa dos ganhadores brasileiros.

Participaram queijeiros de Minas Gerais, São Paulo, Pará, Goiás, Mato Grosso do Sul, Paraná e Pará, da Ilha de Marajó. Todos os produtores que participaram tinham ao menos algum registro, foi a condição estabelecida pela SerTãoBras e pela organização do concurso este ano. Minas Gerais seguiu na liferança com 40 medalhas, São Paulo com 15 medalhas.

Ao todo, o Brasil conquistou cinco medalhas super ouro, onze de ouro, 24 de prata e 17 de bronze

A festa da premiação promovida pela Guilde Internationale des Fromagers, organizadora do concurso, seguiu o padrão super elegante francês. Na cerimônia do jantar de gala, oito novos membros foram entronizados na prestigiosa associação que reúne mais de 9 mil membros de 40 países.

Na apresentação dos campeões brasileiros para o público de 400 pessoas no salão nobre do Palais de Congres de Tours, o que mais chamou a atenção dos franceses foi que a maioria cria vacas zebuínas. “Com a mudança climática, vamos ter que começar a importar essas raças na França” brincou um produtor de queijo francês.

Na cerimônia, Roland Barthelemy confirmou a presença de uma comitiva da Guilde no próximo Mundial do Queijo do Brasil, que acontece de 16 a 19 de setembro de 2022 em Inhotim. “Vamos levar um contêiner de queijos franceses no próximo Mundial do Brasil” prometeu Claude Maret, presidente da Fédération des Fromagers de France. Enquanto isso, a orquestra já estava tocando samba e todo mundo caiu na dança comemorando todas as medalhas.

Queijo da Serra da Canastra é escolhido como melhor de Minas Gerais entre 185 concorrentes

Untuoso, frutado, com uma leve doçura. Feito de leite, “pingo” e sal. Este é o queijo mais perfeito de Minas Gerais, o que não é pouca coisa. A iguaria, produzida na cidade de Vargem Bonita, na Serra da Canastra, venceu o Concurso Estadual do Queijo Minas Artesanal, edição especial 300 anos de Minas Gerais, divulgado nesta segunda-feira (14), pela internet.

“Nós somos da primeira cidade banhada pelo Rio São Francisco. E lá a gente produz um queijo com muito carinho. Isso já vem de família”, disse Reinaldo de Faria Costa, produtor que deu o próprio nome à criação, “queijo Reinaldo”.

O concurso reuniu 185 queijos diferentes das regiões produtoras de Araxá, Campo das Vertentes, Serra da Canastra, Serro, Salitre, Cerrado e Triângulo Mineiro.

O “queijo Reinado” foi o mais bem pontuado. Ele conquistou 95 dos 100 pontos avaliados pelos jurados.“Eu estou muito feliz”, disse ele.

Não é pra menos, afinal Reinaldo produz a melhor iguaria que define o estado de Minas Gerais. Queijo é bom demais.

Fonte: G1 Centro Oeste

E há quem acha que só mineiro gosta de queijo

Sete queijos jogados do alto de uma ladeira íngreme e dezenas de pessoas correndo — ou rolando — atrás deles. Essa é a Cooper’s Hill Cheese Rolling, evento que ficou conhecido no Brasil como “Corrida do Queijo” e acontece anualmente na cidade de Gloucestershire, no Reino Unido.

As pessoas que se aventuram a participar do evento são advertidas logo no início de que essa pode ser uma atividade perigosa. Dezenas de participantes ficam feridos ao fim do evento. Veja vídeo abaixo.

O vencedor deste ano foi Chris Anderson. O soldado britânico de 30 anos conseguiu pegar três queijos neste ano. Ele agora é o recordista da competição com 21 queijos nos últimos 14 anos.

O próprio Anderson já teve sequelas de edições anteriores. Em 2005, ele quebrou o tornozelo e em 2010 machucou os rins.

Os queijos utilizados na tradicional corrida são fabricados por Diana Smart e seu filho Rod há mais de 25 anos.

São quatro queijos que pesam cerca de 3 kg e outros três exemplares que pesam cerca de 1,5 kg.

Anderson, o novo recordista da corrida que acontece há séculos, dedicou sua vitória ao sobrinho que sofre de uma doença rara.

Ele vai doar seus troféus — os queijos — para a Joseph’s Goal, uma instituição de caridade criada para financiar pesquisas sobre a hiperglicinemia não-cetótica (uma doença que pode causar ataques de epilepsia no paciente), a doença de seu sobrinho.

Fonte: R7

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