Jornal Folha Regional

Governo de Minas sanciona reajuste para professores da educação básica

Governo de Minas sanciona reajuste para professores da educação básica - Foto: reprodução
Governo de Minas sanciona reajuste para professores da educação básica – Foto: reprodução

O Governo de Minas sancionou, neste sábado (17/5), o reajuste salarial de 5,26% para profissionais da educação básica de Minas Gerais. A medida, publicada no Diário Oficial do Estado, tem efeito retroativo a ser pago desde janeiro. 

O aumento será aplicado a todas as carreiras da educação básica, incluindo os cargos comissionados de diretor e secretário de escola, além de professores, auxiliares e contratados temporários da rede estadual de ensino. Também terão os valores corrigidos as gratificações de função destinadas a vice-diretores, coordenadores de escola e coordenadores de Posto de Educação Continuada (PEC).

A medida beneficia, ainda, servidores inativos e pensionistas com direito à paridade, além de profissionais contratados temporariamente com funções equivalentes.

A nova legislação também garante a complementação da remuneração do auxiliar de serviços da educação básica com jornada mínima de 30 horas semanais em alguns casos.

O Projeto de Lei, de autoria do governador Romeu Zema, foi enviado à Assembleia Legislativa de Minas Gerais em abril, onde foi votado nos dois turnos.

Agora com a sanção, o Governo de Minas reafirma o compromisso com a valorização dos profissionais da educação e o fortalecimento da rede pública estadual de ensino, reconhecendo o papel fundamental desses trabalhadores na construção de um futuro melhor para os estudantes mineiros.

Concurso

Nessa sexta-feira, o Governo de Minas Gerais, por meio das secretarias de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) de Educação (SEE/MG), também realizou outro movimento estratégico para fortalecer e dinamizar o setor educacional, anuncia a abertura de um novo concurso público com 13.795 vagas para diversas carreiras na rede estadual de ensino. O edital foi publicado no Diário Oficial do Estado desta sexta-feira (16/5) e está disponível clicando aqui.

O edital traz informações sobre o certame para os seguintes cargos: Professor de Educação Básica (PEB), Especialista em Educação Básica (EEB), Analista Educacional (ANE), Analista de Educação Básica (AEB), Técnico da Educação (TDE) e Assistente Técnico de Educação Básica (ATB). As vagas são para atuação nas 47 Superintendências Regionais de Ensino (SREs) e nas Unidades de Ensino em todo o estado.

Aposentados do INSS que ganham mais que o mínimo começam a receber 13º nesta sexta-feira (2)

Aposentados do INSS que ganham mais que o mínimo começam a receber 13º nesta sexta-feira (2) - Foto: reprodução
Aposentados do INSS que ganham mais que o mínimo começam a receber 13º nesta sexta-feira (2) – Foto: reprodução

Os aposentados, pensionistas e beneficiários de auxílios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que ganham mais de um salário mínimo começam a receber nesta sexta-feira (2) a primeira parcela do décimo terceiro. Feito de forma escalonada, conforme o dígito final do Número de Inscrição Social (NIS). O pagamento vai até 8 de maio.

A antecipação do décimo terceiro para quem ganha o benefício mínimo, equivalente ao salário mínimo de R$ 1.518, começou a ser paga no último dia 24. Ao todo, cerca de 34,2 milhões de pessoas estão sendo beneficiadas com a medida.

Com previsão de injetar R$ 73,3 bilhões na economia, a antecipação do décimo terceiro do INSS será paga em duas parcelas. A segunda parcela vai de 26 de maio a 6 de junho. As datas são definidas com base no dígito final do Número de Inscrição Social (NIS) e com base na renda do beneficiário. Quem ganha apenas o salário mínimo começa a receber antes de quem recebe mais que o mínimo.

Desde 16 de abril, a consulta do décimo terceiro pode ser feita no aplicativo Meu INSS, disponível para celulares e tablets, ou no site gov.br/meuinss. Quem não tiver acesso à internet pode consultar a liberação do décimo terceiro pelo telefone 135. Nesse caso, é necessário informar o número do Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) e confirmar alguns dados ao atendente antes de fazer a consulta. O atendimento telefônico está disponível de segunda a sábado, das 7h às 22h.

Aposentados do INSS que ganham mais que o mínimo começam a receber 13º nesta sexta-feira (2) - Imagem: reprodução
Aposentados do INSS que ganham mais que o mínimo começam a receber 13º nesta sexta-feira (2) – Imagem: reprodução

Quem recebe mais que o salário mínimo

     Final do NIS    Primeira parcela    Segunda parcela
    1 e 6    2 de maio    2 de junho
    2 e 7    5 de maio    3 de junho
    3 e 8    6 de maio    4 de junho
    4 e 9    7 de maio    5 de junho
    5 e 0    8 de maio    6 de junho

O decreto com a antecipação do décimo terceiro do INSS foi assinado no início do mês passado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Este será o sexto ano seguido em que os segurados do INSS receberão do décimo terceiro antes das datas tradicionais, em agosto e em dezembro.Em 2020 e 2021, o pagamento ocorreu mais cedo por causa da pandemia de covid-19. Em 2022 e 2023, as parcelas foram pagas em maio e junho. Em 2024, em abril e maio.

Conforme os dados mais recentes do INSS, de fevereiro, 28,68 milhões de pessoas, cerca de 70,5% do total dos segurados do INSS, ganham até um salário mínimo  por  mês  (R$ 1.518),  enquanto 11,98 milhões recebem acima do piso nacional. Desse total, 10,6 mil ganham o teto da Previdência Social, que é de R$ 8.157,41.

A maioria dos aposentados e pensionistas receberá 50% do décimo terceiro na primeira parcela. A exceção é para quem passou a receber o benefício depois de janeiro e terá o valor calculado proporcionalmente.

O Ministério da Previdência esclarece que os segurados que recebem benefício por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença) também têm direito a uma parcela menor do décimo terceiro, calculada de acordo com a duração do benefício. Por lei, os segurados que recebem benefícios assistenciais, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e o Renda Mensal Vitalícia, não têm direito a décimo terceiro salário.

Trabalhadora doméstica é resgatada após 30 anos sem salário em MG

Trabalhadora doméstica é resgatada após 30 anos sem salário em MG - Foto: reprodução
Trabalhadora doméstica é resgatada após 30 anos sem salário em MG – Foto: reprodução

Uma operação resgatou uma idosa de 63 anos que residia e trabalhava como empregada doméstica, sem receber qualquer salário, há mais de 30 anos para uma família de Belo Horizonte. A ação das Auditoras-Fiscais do Trabalho (AFT), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), contou com o apoio do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da Polícia Militar (PM).

A fiscalização do caso teve início em fevereiro deste ano e chegou ao fim com o resgate da vítima em abril, mês do Dia Nacional da Trabalhadora Doméstica, celebrado no último domingo (27 de abril). Ao longo dos levantamentos, foi constatado o caso da empregada que, apesar das condições precárias de saúde, seria forçada a prestar serviços domésticos para a família. 

Durante as mais de três décadas, a vítima cozinhava, arrumava casa, lavava e passava roupas, além de ser responsável por cuidar de crianças, animais e, até mesmo, dos empregadores, também idosos. De acordo com o MTE, a funcionária nunca foi registrada, não tinha recolhimentos de FGTS e sequer recebia salários pelos serviços prestados, trabalhando em troca de moradia e alimentação.

“Esse caso chamou muita atenção porque a família empregadora era chefiada por um advogado, e ele nada fez ao longo desses mais de 30 anos para resguardar os direitos trabalhistas dessa empregada doméstica. Isso indignou ainda mais a equipe de fiscalização”, detalhou Cynthia Saldanha, auditora-fiscal do trabalho e coordenadora do Projeto de Fiscalização do Trabalho Doméstico. 

As condições caracterizaram a situação da mulher como trabalho análogo à escravidão, “por estar submetida à jornada exaustiva, condição degradante de trabalho e trabalho forçado”. Além disso, a idosa trabalhava ininterruptamente, sem ter sua jornada de trabalho estabelecida e sem direito a descanso em finais de semana, feriados e férias. 

Violência psicológica e assédio moral

Ainda segundo o MTE, a fiscalização constatou que a idosa era submetida a violência psicológica e assédio moral, além de dormir em um quarto aos fundos do imóvel “com dimensões extremamente pequenas e sem ventilação”. 

“A família empregadora tentou justificar sua conduta alegando que a trabalhadora era tratada como se fosse uma pessoa da família. No entanto, nem a própria vítima se reconhecia como pertencente à família. Na realidade, o que motivou a exploração do trabalho sem garantia de direitos foi a extrema vulnerabilidade da trabalhadora que, dada sua história de vida pregressa, foi forçada a oferecer sua força de trabalho em troca de moradia e alimentação”, concluiu o órgão.

A idosa não tinha nenhum familiar ou pessoa que pudesse recorrer, além de ter passado por maus tratos e privações severas desde a infância, tendo baixa escolaridade e pouco acesso à assistência básica à saúde. Após o resgate, a idosa foi retirada da casa e encaminhada a uma instituição de acolhimento de longa permanência, onde será acompanhada por uma equipe multidisciplinar, recebendo assistência médica, odontológica e psicológica. 

Como denunciar? 

A auditora-fiscal do trabalho Cynthia Saldanha destaca que os casos de trabalho análogo à escravidão no âmbito doméstico têm ganhado visibilidade nos últimos anos, mas que ainda é essencial que a população denuncie. 

“É muito importante que qualquer cidadão que tenha conhecimento de uma trabalhadora doméstica que está laborando em condições análogas à escravidão, denuncie para a inspeção de trabalho essa situação”, pede. 

As denúncias de trabalho análogo ao de escravo podem ser feitas pelo  Sistema Ipê, ou pelo Disque 100.

Governo Zema vai pagar salário menor para servidores da saúde após atrasos da União

Governo Zema vai pagar salário menor para servidores da saúde após atrasos da União - Foto: Carl de Souza / AFP
Governo Zema vai pagar salário menor para servidores da saúde após atrasos da União – Foto: Carl de Souza / AFP

O governo Romeu Zema (Novo) diz que alguns servidores lotados em órgãos do sistema de saúde estadual irão receber apenas 86% do valor calculado como devido pelas unidades de Recursos Humanos. A razão, de acordo com o governo, seria um atraso do governo federal nos repasses referentes ao complemento previsto na criação do “piso da enfermagem”.

“Esse problema no repasse irá impactar a parcela complementar do piso referente ao mês de dezembro/24, cujo crédito ao servidor será no quinto dia útil de fevereiro. Em função disso os profissionais que têm direito ao complemento na SES-MG, na Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), na Fundação Ezequiel Dias (Funed), na Fundação Hemominas, na Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) e na Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp-MG) receberão 86% do valor calculado como devido pelas unidades de Recursos Humanos”, diz nota enviada pelo governo à imprensa.

Ainda segundo a gestão Zema, o governo Lula (PT) deve R$ 4 milhões, referente a repasses pactuados para o pagamento do “Piso da Enfermagem” e avisa que irá cobrar o Ministério da Saúde para que regularize a situação. 

De acordo com a administração estadual, as dívidas surgiram por falhas na gestão federal. “Em função de erros nos repasses devidos pelo governo federal,  não houve o pagamento integral pactuado junto ao Governo de Minas no período entre setembro de 2024 e a folha do 13º salário”, afirma em nota divulgada à imprensa.

O governo mineiro afirma que está em tratativas com o Ministério da Saúde para regularização desse repasse e, assim que a situação for regularizada pela União, irá fazer o pagamento do valor proporcional do complemento do piso da enfermagem de forma retroativa, seguindo as diretrizes estabelecidas pelo Ministério.

A reportagem fez contato com o Ministério da Saúde e aguarda um retorno sobre a previsão para que a situação seja regularizada.

Prefeitura no Sul de Minas anuncia concurso com salários de até R$ 13,8 mil; saiba detalhes

Prefeitura no Sul de Minas anuncia concurso com salários de até R$ 13,8 mil; saiba detalhes - Foto: Imagem: Drazen Zigic | Shutterstock
Prefeitura no Sul de Minas anuncia concurso com salários de até R$ 13,8 mil; saiba detalhes – Foto: Imagem: Drazen Zigic | Shutterstock

A Prefeitura Municipal de Alterosa, no Sul de Minas, publicou o edital de concurso público com a oferta de 203 vagas, distribuídas em nível fundamental (89), médio (38), técnico (12) e superior (64). As inscrições começam no dia 26 de março e devem ser feitas por meio do site. As taxas de inscrição variam de R$ 50 a R$ 90, dependendo do nível. Há oportunidades na área da saúde, educação e cargos operacionais. A remuneração varia entre R$ 1.412 e R$ 13.831, de acordo com cada cargo.

O processo seletivo conta com prova objetiva de múltipla escolha, prova prática e prova de títulos. Com 30 questões objetivas, a primeira tem caráter eliminatório e classificatório e será aplicada para todos os inscritos no dia 25 de maio de 2025. As disciplinas variam de acordo com a área de atuação.

Já a prova prática será exclusiva para o cargo de Operador de Máquinas e vai avaliar pontos como checagem da máquina (pré-uso), checagem dos níveis da máquina, identificação e checagem do painel de instrumentos da máquina, checagem de comandos, procedimentos de partida, teste de operação e procedimento de parada.

A prova de títulos envolve a apresentação de comprovantes e certificados para os requisitos das vagas. A etapa será exigida para os cargos de analista regulador de ginecologia e obstetrícia – secretaria municipal de saúde, assistente social, assistente social da educação, assistente social da saúde, biomédico, enfermeiro, engenheiro ambiental, engenheiro civil, especialista em educação, farmacêutico bioquímico, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, instrutor de educação física, médico, médico veterinário, nutricionista, odontólogo do psf, orientador social, professor ii – educação infantil e anos iniciais do ensino fundamental, professor iii – anos finais do ensino fundamental, psicólogo da assistência social, psicólogo da educação, psicólogo da saúde, psicopedagogo e terapeuta ocupacional.

O edital completo está disponível para consulta na página do Gran Concursos.

Governo apresenta MP para reajustar salários de servidores em cerca de 27%

Governo apresenta MP para reajustar salários de servidores em cerca de 27% - Foto: reprodução
Governo apresenta MP para reajustar salários de servidores em cerca de 27% – Foto: reprodução

O Ministério da Gestão e Inovação entregou ao Congresso Nacional, na última terça-feira (31), uma medida provisória que garante o reajuste salarial para servidores públicos federais a partir deste mês. Com a publicação da medida no Diário Oficial da União, ela entra imediatamente em vigor, e os parlamentares terão um prazo de 120 dias para analisá-la e convertê-la em lei antes dela perder a validade. 

A MP contempla todos os servidores ativos, aposentados e pensionistas do Governo Federal, que terão um reajuste médio de 27% a partir de 38 acordos negociados entre representantes das categorias e o Ministério da Gestão. O acordo determina que a recomposição salarial ocorrerá em duas etapas.

A primeira neste mês de janeiro e a segunda em abril de 2026. O reajuste, entretanto, depende diretamente da aprovação do Orçamento de 2025 pelo Congresso Nacional — que adiou a votação da lei orçamentária para depois de fevereiro, quando os parlamentares retornam às atividades legislativas. 

Segundo cálculos do Planalto, a primeira etapa do reajuste impactará as contas públicas em cerca de R$ 16 bilhões. A segunda parcela da reestruturação resultará em um impacto menor, de R$ 8 bilhões. Em nota publicada no último dia 31 de dezembro, a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) detalhou que o aumento dos gastos com os servidores seguirá estável nos limites do arcabouço fiscal. 

Essa é a primeira renegociação feita pela União em uma década. A última ocorreu ainda no Governo Dilma Rousseff (PT) em 2015, com impactos prolongados até 2019 sobre algumas carreiras. 

Além de tratar da recomposição salarial, a medida provisória também apresenta mudanças no setor público com a criação de duas carreiras transversais, que podem atender a mais de um órgão da administração federal, e a transformação de cargos obsoletos em cargos mais compatíveis com as atuais necessidades, segundo pontuou o Ministério da Gestão. 

As carreiras e os cargos também passarão por processos de reestruturação. A principal diferença apresentada pela medida provisória é o alongamento das carreiras — a partir de agora, 86% delas terão 20 níveis de progressão. Há, ainda, previsão de redução dos salários de entrada em alguns dos cargos e aumento dos salários do topo. “[O objetivo] é tornar as trajetórias financeiras mais atrativas ao longo do ciclo de vida laboral dos servidores”, detalhou o ministério.

Salário mínimo de R$ 1.518 entra em vigor no Brasil a partir desta semana

Salário mínimo de R$ 1.518 entra em vigor no Brasil a partir desta semana - Foto: reprodução
Salário mínimo de R$ 1.518 entra em vigor no Brasil a partir desta semana – Foto: reprodução

A partir desta quarta-feira (1º de janeiro), o salário mínimo no Brasil passa a ser de R$ 1.518, representando um aumento de R$ 106 em relação ao valor anterior de R$ 1.412.

Segundo o governo federal, o reajuste considera 4,84% de inflação, calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), além de um ganho real de 2,5%.

A atualização segue a nova norma aprovada pelo Congresso Nacional, que estabelece reajustes condicionados ao arcabouço fiscal.

O critério, válido até 2030, permite ganhos reais anuais entre 0,6% e 2,5%, dependendo do desempenho econômico.

Impactos do reajuste na economia

O aumento do salário mínimo afeta diretamente 59 milhões de brasileiros, incluindo trabalhadores formais, beneficiários do INSS, e aqueles que recebem Benefício de Prestação Continuada (BPC).

De acordo com o Dieese, pela regra antiga, o reajuste seria composto pela inflação mais a variação de 3,2% do Produto Interno Bruto (PIB), resultando em um ganho superior ao atual.

Despesas públicas também sofrem influência direta do novo valor. Cerca de 19 milhões de aposentados e pensionistas, mais de 4,7 milhões de beneficiários do BPC e 7,35 milhões de segurados pelo seguro-desemprego estão atrelados ao piso nacional.

Mudanças na política salarial

Entre 2003 e 2017, o Brasil experimentou um ganho real acumulado de 77% no salário mínimo, superando a inflação. Contudo, de 2018 a 2022, essa política foi suspensa, resultando em reajustes mais conservadores.

Segundo a Tendências Consultoria, a nova abordagem para reajustes poderá gerar uma economia de R$ 110 bilhões nas despesas públicas até 2030, com R$ 2 bilhões previstos já em 2025.

Entenda o impacto do salário mínimo

  • Novo valor: R$ 1.518, com reajuste total de 7,34%.
  • Critério atualizado: Ganhos reais entre 0,6% e 2,5%, conforme o arcabouço fiscal.
  • Beneficiários afetados: 59 milhões de pessoas, incluindo trabalhadores formais e beneficiários do INSS e BPC.
  • Histórico recente: Políticas de ganho real suspensas entre 2018 e 2022.
  • Economia projetada: R$ 110 bilhões até 2030, segundo especialistas.

Câmara aprova aumento de 83,6% no salário dos vereadores de Santa Rita do Sapucaí

Vereadores aprovam reajuste de 83,6% dos próprios salários em Santa Rita do Sapucaí, MG — Foto: Câmara de Vereadores de Santa Rita do Sapucaí
Vereadores aprovam reajuste de 83,6% dos próprios salários em Santa Rita do Sapucaí, MG — Foto: Câmara de Vereadores de Santa Rita do Sapucaí

A Câmara de Vereadores de Santa Rita do Sapucaí (MG) aprovou um aumento de 83,6% no salário dos vereadores. O reajuste vale a partir de janeiro. Dos oito políticos que aprovaram o projeto, seis estão reeleitos e serão beneficiados.

O reajuste, aprovado no início de dezembro, eleva o subsídio dos vereadores de R$ 4.118,33 para R$ 7.561,71, equiparando ao salário do secretariado municipal. O argumento é que o aumento é justo, se levado em consideração o nível de responsabilidade e o impacto do trabalho realizado.

O valor chamou atenção do Ministério Público que entrou com uma ação na Justiça e pediu a nulidade do projeto aprovado com base nos princípios da moralidade e anterioridade.

“Esse projeto deveria ter sido votado antes das eleições e ele foi votado depois. E mesmo que eles tivessem votado antes das eleições, no entender do Ministério Público, esse projeto também estaria ferindo a moralidade pública por conta do aumento de 83%. Enquanto o assalariado, em quatro anos, teve um aumento de 28%, os vereadores votaram um aumento de 83%”, explicou Francisco Amaral, promotor de Justiça

Além do reajuste salarial, os vereadores vão receber uma gratificação natalina. A bonificação, paga em parcela única neste mês, é outro motivo de indignação da população.

Para esta vereadora, que votou contra o projeto, a aprovação passa por cima da realidade financeira da cidade, que paga dívida de R$ 65 milhões com parcelas superiores a R$ 830 mil por 6 anos.

“Exatamente pelo impacto orçamentário que isso terá nos próximos anos nas questões de saúde e de educação, porque tem que ter uma movimentação. Da onde sairá o recurso que pagará o subsídio dos vereadores, que na verdade não representa os anseios da classe trabalhadora, dos servidores públicos?”, questionou a vereadora Fabiana Salgado.

O salário do vereador de Santa Rita do Sapucaí será 65% maior do que o recebido pelos parlamentares de São Lourenço, por exemplo, que também tem cerca de 44 mil habitantes.

A gratificação de Natal que os vereadores vão receber é de R$ 7,5 mil e será entregue em dezembro do ano que vem.

“Começamos uma petição online para a população poder demonstrar a sua indignação. Essa petição já está com mais de 3 mil assinaturas, 3,2 mil por ali, pra gente poder demonstrar nossa indignação com isso, pra gente poder colocar pressão nos vereadores que aprovaram isso para retroceder com isso”, afirmou Hegel Pinheiro Guimarães, integrante do Movimento Popular Santarritense.

O que diz a Câmara de Vereadores

Para a redação, a assessoria Jurídica da Câmara Municipal de Santa Rita do Sapucaí informou por meio de nota que o reajuste não traz impacto negativo ao orçamento público e disse ainda que a Câmara planeja usar apenas 2,3% do orçamento anual a que tem direito, bem abaixo do limite constitucional de 7%.

Destacou que isso resulta em uma economia de mais de R$ 9 milhões aos cofres públicos municipais, preservando recursos que podem ser utilizados em benefício direto da população.

Além disso, a assessoria informou que, de acordo com os registros oficiais da Câmara Municipal, o último reajuste dessa natureza ocorreu há 24 anos, em setembro de 2000, “evidenciando a necessidade de atualização frente à evolução econômica e comparativamente aos municípios da região”.

A reportagem também entrou em contato com a Prefeitura Municipal, mas a informação é de que ninguém vai comentar o assunto por lá.

Via: G1

BDMG abre inscrições para o concurso público com salário inicial de R$ 9.5 mil

BDMG abre inscrições para o concurso público com salário inicial de R$ 9.5 mil - Foto: reprodução
BDMG abre inscrições para o concurso público com salário inicial de R$ 9.5 mil – Foto: reprodução

O Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) anunciou a abertura de concurso público para 32 vagas de nível superior. As inscrições podem ser realizadas a partir desta quinta-feira (5) até o dia 6 de janeiro de 2025, no site do banco.

Os candidatos aprovados e contratados ingressarão no cargo de Analista de Desenvolvimento, com remuneração inicial de R$ 9.571,25, além de benefícios previstos no Acordo Coletivo de Trabalho. As vagas estão distribuídas em quatro ênfases:

  • Gestão, finanças e controladoria: 13 vagas
  • Infraestrutura e segurança cibernética: 5 vagas
  • Engenharias: 4 vagas
  • Sistemas, arquitetura de soluções e dados: 10 vagas

A jornada de trabalho será de 30 horas semanais e haverá formação de cadastro reserva. O último concurso realizado pelo BDMG ocorreu em 2011. 

Como se inscrever

Os interessados em participar do concurso devem acessar o site e realizar a inscrição no período estabelecido. A taxa de inscrição é de R$ 114,00. O Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe) é a banca organizadora do certame.

Próximas etapas

As provas do concurso estão agendadas para o dia 16 de março de 2025, em Belo Horizonte. O edital completo com todas as informações sobre o concurso pode ser consultado no site do BDMG.

Prefeito de cidade mineira com 52 mil habitantes terá salário quase igual de Lula

Prefeito de cidade mineira com 52 mil habitantes terá salário quase igual de Lula - Foto: reprodução
Prefeito de cidade mineira com 52 mil habitantes terá salário quase igual de Lula – Foto: reprodução

O próximo prefeito de Congonhas (MG), receberá um salário que, por pouco, seria igual ao salário do presidente da República. Anderson Cabido (PSB), eleito no último pleito, irá receber o salário bruto de R$ 43,9 mil para ocupar a cadeira de prefeito de Congonhas, enquanto o chefe do Executivo nacional, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ganha um subsídio de R$ 44 mil. Segundo o IBGE, Congonhas possui 52.890 habitantes. A lei que autoriza o aumento de cerca de 16% do benefício foi aprovada em regime de urgência pela Câmara Municipal de Congonhas e assinada nessa terça-feira (3/12). 

O valor do salário do prefeito ultrapassa o salário bruto do governador Romeu Zema (Novo), que a partir de 2025 vai receber R$ 41,8 mil mensais. O vice-governador Mateus Simões receberá R$ 37,6 mil, enquanto secretários ganharão R$ 31,2 mil para chefiar as pastas mineiras.

O valor ainda supera os subsídios brutos pagos aos prefeitos de todas as capitais do país em 2024. Ricardo Nunes (MDB), prefeito de São Paulo, recebe mensalmente R$ 38 mil para comandar a maior metrópole da América Latina. Topázio Neto (PSD), prefeito de Florianopólis, tem o segundo maior salário entre os chefes de Executivo de capitais, recebendo R$ 36,9 mil pelo exercício do cargo. 

O prefeito reeleito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD) figura em terceiro lugar na lista de salários, com um pagamento mensal bruto de R$ 35,6 mil para chefiar a capital mineira, mesmo valor que Eduardo Paes (PSD) recebe para governar o município do Rio de Janeiro. O menor salário da lista fica para Tião Bocalom (PP), prefeito de Rio Branco, no Acre, que ganha cerca de R$ 20,6 mil reais. 

Para justificar o valor do reajuste, o presidente da Câmara, Igor Souza Costa (PL) afirmou que Congonhas “é algo fora da caixa”. Isso porque, segundo o vereador, a cidade tem um orçamento de mais de R$ 7 bilhões. 

Outro fator que embasou a revisão do salário do prefeito seria uma suposta defasagem no valor, que não era atualizado há 16 anos. “Desde 2008 que não é feita uma revisão do salário do prefeito. Fazemos só a correção pelo INPC. O  que a gente discutiu muito é que para o prefeito não existe a questão da verba indenizatória como para os deputados, não tem auxílio, paletó, verba de gabinete, seria só o salário com dos descontos ainda”, afirmou o chefe do Legislativo de Congonhas. 

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