Jornal Folha Regional

Salário dos vereadores de BH pode passar de R$ 18 mil para R$ 25 mil

Salário dos vereadores de BH pode passar de R$ 18 mil para R$ 25 mil - Foto: reprodução
Salário dos vereadores de BH pode passar de R$ 18 mil para R$ 25 mil – Foto: reprodução

O candidato único ao comando da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH), Juliano Lopes (Podemos), busca apoio dos integrantes da Mesa Diretora do Parlamento municipal para aumentar os salários dos vereadores da próxima legislatura. O subsídio mensal bruto pago ao vereador da capital mineira é de R$ 18.402,02.

O último aumento salarial foi dado em 2016. Os vencimentos eram apenas corrigidos automaticamente pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), prática extinta em 2020. Desde então, eles estão congelados. Na época, a medida foi construída em consenso com a Mesa Diretora da Câmara e líderes da Casa.

Uma das propostas de reajuste é corrigir os salários pelo IPCA dos últimos quatro anos, o que poderia passar os salários dos atuais R$ 18,4 mil para R$ 25 mil.

Lopes, que atualmente é primeiro vice-presidente da Casa, precisa da assinatura de mais três integrantes, ao menos, da Mesa Diretora da CMBH para que o projeto de resolução possa tramitar ainda este ano e o novo vencimento passar a vigorar a partir de janeiro. A lei impede que eles aumentem seus salários na mesma legislatura, por isso, a correção salarial tem que ser aprovada ainda este ano.

A proposta seria de recomposição das perdas inflacionárias. A maioria dos vereadores eleitos é favorável, mas caso não haja apoio de quatro dos seis integrantes da Mesa Diretora, ela não poderá tramitar.

Segundo apurou a reportagem, o aumento já tem o apoio da vereadora reeleita Flávia Borja (DC), uma das integrantes da Mesa Diretora, mas ainda não conseguiu as duas assinaturas que faltam. 

Faz parte ainda da mesa o atual presidente, vereador Gabriel Azevedo (MDB), que já informou aos pares ser contra a proposta de correção. 

Gabriel deixa o cargo de vereador e o comando da casa ao fim do ano, pois não disputou a reeleição e sim a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), terminando a disputa em quarto lugar. 

Também integram a mesa diretora o vice-prefeito eleito, Álvaro Damião (União Brasil), Marcela Trópia (Novo) e Ciro Pereira (Republicanos), que não foi reeleito. Damião não comentou  o assunto. Lopes disse apenas que o aumento está em discussão, mas que ainda não há projeto. Marcela Trópia disse que a  discussão vem sendo puxada pelo “juliano e pela Flávia”, mas afirmou que ela e Gabriel são contrários. Ciro não foi localizado. 

Parecer contrário

Um parecer emitido pela Procuradoria da CMBH alerta aos vereadores sobre a existência de um súmula do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), que determina que essa correção salarial dos vencimentos dos vereadores seja feita na legislatura anterior e antes do prazo final das eleições para a escolha dos novos integrantes do legislativo municipal.

Portanto, para a Procuradoria, a fixação dos subsídios em momento posterior a eleição fere o princípio da moralidade “quando já conhecidos os vereadores eleitos e deles destinatários”.

Além do salário, os vereadores têm direito a receber, ainda, no início e no final de cada legislatura, o mesmo valor do subsídio mensal líquido (subtraída a parcela partidária), além do direito a receber, em dezembro, outro valor idêntico, na proporção de sua presença às reuniões do Plenário ocorridas ao longo do ano, uma espécie de décimo-terceiro.

Vereadores de São Paulo aprovam aumento salarial de 37% para 2025

Vereadores de São Paulo aprovam aumento salarial de 37% para 2025 - Foto: Richard Lourenço/REDE CÂMARA SP
Vereadores de São Paulo aprovam aumento salarial de 37% para 2025 – Foto: Richard Lourenço/REDE CÂMARA SP

A Câmara Municipal de São Paulo (SP) aprovou na terça-feira (12), o aumento do salário dos vereadores em 37% a partir de 2025. Atualmente em R$ 18.991,68, o valor será de R$ 24.754,79 em janeiro do próximo ano e, posteriormente, em fevereiro, passará a ser R$ 26.080,98.

O projeto foi aprovado em votação simbólica. Fernando Holiday (PL), Jussara Basso (PSB) e a bancada do PSOL (Silvia da Bancada Feminista, Professor Toninho Vespoli, Luana Alves, Elaine do Quilombo Periférico e Celso Giannazi), porém, declaram voto contrário. Luna Zarattini (PT) se absteve. 

Sem a necessidade de ser sancionada pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB), a resolução foi aprovada em votação única. A matéria foi apresentada pela atual Mesa Diretora da Câmara Municipal de São Paulo, da qual o vereador Milton Leite (União) é o presidente. 

Até então, o último reajuste aprovado havia acontecido em dezembro de 2016. Com a crise da pandemia da covid-19, em 2020, os parlamentares optaram por não aumentar os salários. 

Em nota, a Câmara Municipal de São Paulo afirmou que “o último reajuste aprovado em plenário aos vereadores de São Paulo aconteceu em dezembro de 2016. De lá para cá não houve nenhuma correção salarial. O reajuste aprovado nesta terça-feira (12/11) ficou bem abaixo da inflação acumulada de janeiro de 2017 a outubro de 2024, que é de 47,34%. Além disso, respeita o teto previsto na constituição, que é de 75% do subsídio dos deputados estaduais.”

Zema assina reajuste de salários dos servidores em 4,62%; medida será publicada nesta sexta no Diário Oficial

Zema assina reajuste de salários dos servidores em 4,62%; medida será publicada nesta sexta no Diário Oficial – Foto: Gil Leonardi

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), assinou, nesta quinta-feira (27), a sanção do projeto de lei que reajusta os salários dos servidores da administração direta do Estado em 4,62%. O texto, cujo prazo legal para ser sancionado terminava hoje, será publicado no Diário Oficial do Executivo nesta sexta-feira (28). A proposição – de autoria do próprio governo – está na mesa do chefe do Executivo há mais de 20 dias, após ter sido aprovada pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) no dia 6 de junho.

Apesar de ter demorado para sancionar o texto, o governo de Minas já garantiu que os salários pagos ao funcionalismo em julho serão reajustados conforme o índice aprovado no Legislativo. Contudo, o pagamento dos valores retroativos a janeiro deste ano serão feitos em cinco parcelas, com a primeira sendo depositada apenas em agosto. As demais serão quitadas, mensalmente, até dezembro. 

No último dia 24, após audiência pública na Casa, o secretário de Governo, Gustavo Valadares, negou que o governador estaria “sentado sobre o projeto” e garantiu que o texto seria sancionado dentro do prazo previsto pela legislação, que é de 15 dias úteis.

Na ocasião, a nova secretária de Planejamento e Gestão, Camila Neves, afirmou que o Estado estava fazendo estudos internos para avaliar como o pagamento se daria. Na quarta (26), ela disse que o governo tem “atuado para superar as limitações fiscais e orçamentárias”. 

Durante a tramitação do projeto na Assembleia, a oposição tentou emplacar emenda que garantia que o pagamento do retroativo fosse em parcela única, mas a proposta foi rejeitada.

Reajuste de políticos e secretários em cidade de Minas triplica salário de vice-prefeito

Reunião da Câmara de Itaguara, da Região Central de Minas Gerais - Foto: reprodução/Youtube
Reunião da Câmara de Itaguara, da Região Central de Minas Gerais – Foto: reprodução/Youtube

A Câmara Municipal de Itaguara (MG), aprovou, na noite da última terça-feira (14), um aumento salarial de políticos que propõe um reajuste significativo. Serão beneficiados com a medida vereadores, secretários municipais, o prefeito e o vice-prefeito. Os reajustes passam a valer a partir do próximo mandato, em 2025, até o ano de 2028.

De acordo com a proposta, o salário do prefeito da cidade, atualmente em R$ 19 mil, será elevado para R$ 25 mil. Dentre os ajustes, o maior aumento é destinado ao cargo de vice-prefeito, que triplicará, passando de R$ 4,3 mil para R$ 12 mil. 

A partir de janeiro os vencimentos dos secretários municipais passará de R$ 6,1 mil para R$ 10 mil. Já os vereadores serão beneficiados com subsídios fixados em R$ 6,8 mil. Atualmente, os parlamentares  recebem R$ 4,5 mil.  

Os agentes políticos também terão direito ao décimo terceiro salário, um benefício que não era concedido anteriormente. Os reajustes foram aprovados por oito votos a um.

Ao comentar o valor para os vencimentos do prefeito, o vereador José Hilton (PL) afirmou que o objetivo é garantir “caução”, pois o salário de servidores não pode exceder o do prefeito de uma cidade. Na ocasião, ele citou alguns médicos para exemplificar.  Já em relação aos secretários, disse que era necessário valorizar os servidores. O parlamentar não comentou os outros reajustes.

Justificativas

No texto apresentado à Casa Legislativa é destacado a “dedicação integral” do prefeito à atividade profissional. “É peculiar ao cargo de Prefeito a dedicação integral de seu titular, com redução ou subtração integral de tempo para dedicação a sua atividade profissional de origem.”

Já a justificativa do vice-prefeito é mais breve. “A função de Vice-Prefeito, desde a Constituição Federal de 1988, é cargo e tem a responsabilidade de substituir o Prefeito, em seus impedimentos legais e ausências.”

Em relação aos secretários, o texto afirma que os servidores possuem posições estratégicas de “interlocutor”.

“O titular do cargo de Secretário Municipal é solidariamente responsável com o Prefeito na gestão da sua respectiva pasta, assumindo a coordenação e o controle dos atos e das ações de gestão e de controle, posicionando-se estrategicamente como interlocutor das demandas de sua complexidade temática junto ao Prefeito e na captação de recursos federais e estaduais, construindo alternativas táticas para a inovação e a melhoria junto aos processos de trabalho sob a sua guarda”, afirma.

No texto, a justificativa para o aumento salarial dos vereadores é amparada pela norma jurídica. “O presente Projeto de Resolução tem por objetivo fixar o subsidio mensal dos Vereadores para a Legislatura 2025/2028, em cumprimento ao que prevê o inciso VI, do Art. 29 da Constituição Federal (…) observado os limites fixados pelo dispositivo supra referido. Assim, sendo a proposição em consonância a Carta Magna, assim como, com a Lei Orgânica Municipal, e Regimento Interno mostra-se de fundamental importância a aprovação da mesma”.

Câmara de São João Batista do Glória aprova 20% de reajuste a prefeito, vice e vereadores

Câmara de São João Batista do Glória aprova 20% de reajuste a prefeito, vice e vereadores - Foto: reprodução
Câmara de São João Batista do Glória aprova 20% de reajuste a prefeito, vice e vereadores – Foto: reprodução

A Câmara de São João Batista do Glória aprovou em primeiro turno, na noite da última segunda-feira, 29, os projetos de lei 10 e 11, que fixam os subsídios aos vereadores, prefeito, vice e secretários, com 20% de reajuste a partir de 1º de janeiro de 2025. Na próxima sessão do Poder Legislativo, na segunda-feira, 6, as propostas devem ser votadas em segundo turno e, se aprovados, vão para a sanção do gestor municipal.

Os autores dos projetos Cresio Costa, presidente; Luiz Antônio Garcia e Ricardo Israel dos Reis, todos aliados ao prefeito. Por isso, houve mais dois votos a favor, dois contra, e o vereador Danilo Soares, em razão de problemas de saúde, não participou da sessão.

“Jamais fui contra o aumento salarial como manda a lei, porém o percentual determinado é abusivo. Quando fui pedir aumento para os servidores, o prefeito disse que não tinha dinheiro e só autorizou 3,71%, aumentando a nossa defasagem salarial para 40%. Se a cidade tivesse em ordem administrativa politicamente falando como obras concluídas, promessas de campanhas cumpridas e benefícios à população, ficaria calado, mas não tem nada disso acontecendo”, disparou Renato Aparecido Silva, motorista de ambulâncias e presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do município.

“É um absurdo. Apesar dos secretários terem o direito, na justiça, de receberem o salário dobrado, ou seja, o 13°, juntamente com a folha de pagamento de cada mês de dezembro entre 2025/28, os aproveitaram isso e colocaram também os cargos de prefeito e vice no meio do reajuste. O Poder Legislativo gloriense só pensa em valorizar as funções mais elevadas da máquina administrativa, pisando com força nos servidores que ralam e fazem a cidade crescer, todavia de acordo com a péssima atual gestão”, afirmou revoltado o sindicalista.

Caso seja aprovado o reajuste de 20%, no próximo mandato, de 2025 a 2028, o prefeito vai receber R$ 21.548,16 por mês, o vice, R$ 5.224,53, e os secretários, R$ 6.970,86. O salário dos parlamentares deve passar de R$ 3,1 mil para R$ 4.287,92.

Via: Clic Folha

Municípios mineiros preveem colapso para 2024 com aumento do salário mínimo

Municípios mineiros preveem colapso para 2024 com aumento do salário mínimo – Foto: Divulgação/AMM

Com o aumento do salário mínimo e a proposta de reoneração da folha de pagamento, municípios mineiros estão prevendo um “colapso” nas finanças de 2024. Segundo uma pesquisa da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), o reajuste de R$ 92 do salário mínimo custará R$ 4,33 bilhões para os cofres municipais no próximo ano. Com 853 municípios, Minas Gerais vai ser o estado mais impactado com as mudanças.

Minas lidera o número de servidores públicos municipais que receberão reajuste salarial, com mais de 280 mil funcionários ganhando até 1,5 salário mínimo. Isso corresponde a 12% de todos os servidores nessa faixa de vencimento no país. Dessa forma, dados da CNM apontam que o aumento do salário mínimo deverá gerar um custo aproximado de R$ 539,22 milhões para os municípios mineiros.

“A gente sabe que para quem recebe o percentual é baixo, mas para quem paga ele é muito alto, e um desses pagadores são os municípios. Isso vai trazer mais transtorno no dia a dia das finanças públicas, porque é mais um custo para o município sem apontar a fonte de receita. Nós já estamos alertando desde outubro que em maio de 2024 existe um risco de colapso em muitos municípios”, afirma Marcos Vinicius Bizarro, presidente da Associação Mineira de Municípios (AMM) e prefeito de Coronel Fabriciano.

O impasse do salário mínimo

O aumento do salário mínimo é uma medida necessária para garantir o poder de compra ao cidadão e movimentar a economia. Segundo o economista Fernando Sette Jr, professor dos cursos de gestão UniBH, a atualização do salário é necessária para manter a economia girando, já que com a inflação os preços aumentam e o custo de vida do trabalhador se torna mais caro.

“Se a gente não tem uma atualização no mínimo pela inflação, ao longo dos anos, o valor do dinheiro vai se perdendo e o trabalhador compra menos. Esse ano o ajuste está vindo acima da inflação, como uma proposta do governo de recompor o poder de compra do cidadão e elevar o valor real desse salário mínimo, porque várias pesquisas mostram que esse mínimo ainda não é o suficiente para uma qualidade de vida”.

Por outro lado, o aumento nos salários acaba impactando negativamente o empregador, especialmente o município, que não possui formas simples de aumentar a receita para compensar os gastos com a folha de pagamento. Mesmo que o aumento do salário injete mais dinheiro na economia, nem sempre esse impulso é o suficiente para ajudar os cofres públicos, especialmente nas cidades de pequeno porte.

“Pensando no empregador, e olhando pra óptica do município, o que eu vou ter é uma maior despesa, e aí eu vou precisar de uma maior receita. Na iniciativa privada a empresa pode aumentar o valor dos produtos ou mandar alguém embora para compensar esse gasto. Mas, no setor público, para aumentar a arrecadação, ou a economia teria que aumentar, ou a gente aumenta tributos. Nenhuma dessas opções estão colocadas, especialmente em municípios de pequeno porte. Então, se o município não tem a opção de aumentar receita e tampouco de demitir, é preciso fazer outros tipos de corte, provavelmente na oferta de serviços “, analisa o especialista em economia e gestão.

Reoneração da folha de pagamento

Outra medida que preocupa os municípios é a possibilidade de reoneração da folha de pagamento. Atualmente, as prefeituras com até 142 mil habiatantes estão isentas de pagar um imposto de 20% sobre sua folha salarial, assim como outros 17 setores da economia. Entretanto, após um embate com o Congresso Nacional, nesta sexta-feira (29) o Governo Federal publicou uma medida provisória prevendo novas regras a partir de abril de 2024. Isso significa que, a partir de abril, as prefeituras vão voltar a pagar um imposto sobre a folha de pagamento, mesmo que não seja de 20%.

Marcos Vinicius Bizarro rotulou a decisão do Governo Federal como “insensível” e afirmou que a reoneração pode quebrar os cofres públicos municipais a partir de maio de 2024:

“A gente tinha ganhado uma esperança com a quebra do veto da desoneração da folha e essa esperança foi perdida no momento que o presidente, de forma insensível, publicou a medida provisória que tira os municípios da desoneração da folha de pagamento. Isso vai trazer um transtorno imenso para fechar as contas. É uma insensibilidade muito grande do Governo Federal com os municípios, porque esse dinheiro da folha de pagamento ficará nos cofres dos municípios, para políticas públicas”.

O presidente da Associação Mineira de Municípios (AMM) destacou, ainda, que o ano eleitoral impacta na organização das finanças públicas, prejudicando ainda mais a situação financeira das cidades mineiras:

“Temos que lembrar que 2024 é um ano mais curto pras finanças, questão de repasses financeiros entre entes tem muitas regras que precisam ser cumpridas e eu acredito que vai aumentar a crise financeira já vivida no dia a dia da cidade. Tem município que até hoje não conseguiu pagar o décimo terceiro, é uma situação lamentável, é fazer política sem discutir com os outros entes federados e não ver a realidade do que está passando o país”.

Governo define valor para o salário mínimo em 2024; confira

Governo define valor para o salário mínimo em 2024; confira – Foto: reprodução

O novo valor para o salário mínimo para o ano de 2024 já está definido: R$ 1.412,00. A decisão do Governo Federal aconteceu após a aprovação, na quinta-feira (21), do relatório sobre o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2024. O reajuste entrará em vigor a partir de janeiro do próximo ano, com o pagamento inicial em fevereiro.  A definição do novo valor aguarda sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que deve acontecer até o último dia de 2023.

O acréscimo de R$ 92 representa 6,97% sobre o valor atual, que é de R$ 1.320,00. O novo salário ficará abaixo dos R$ 1.421,00 previstos inicialmente na proposta de orçamento sugerida pelo governo. O Congresso aprovou a correção que segue o cálculo que inclui o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mediu a inflação dos últimos 12 meses, somado à variação do Produto Interno Bruto (PIB) dos últimos dois anos.

Segundo o Ministro do Trabalho, Luiz Marinho, o governo está otimista com a geração de empregos no país no próximo ano. “Tenho certeza que o ano que vem será um ano melhor ainda do ponto de vista do mercado de trabalho, ancorado na obras retomadas e nas próximas obras de novos projetos como Minha Casa, Minha vida e de infraestrutura”, disse.

Desemprego em 7,7% em novembro

A taxa de desemprego no Brasil caiu para 7,7% no terceiro trimestre deste ano. No segundo trimestre, o índice era 8% e, no terceiro trimestre do ano passado, 8,7%. Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua foram divulgados no dia 31 novembro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

É o menor nível de desemprego desde o último trimestre de 2014 (6,6%). A população desempregada ficou em 8,3 milhões no terceiro trimestre deste ano, 3,8% abaixo do trimestre anterior e 12,1% a menos do que o terceiro trimestre de 2022.

STF julga nesta sexta aumento de 300% nos salários de Zema, vice e secretários

STF julga nesta sexta aumento de 300% nos salários de Zema, vice e secretários — Foto: Gil Leonardi/Imprensa MG
STF julga nesta sexta aumento de 300% nos salários de Zema, vice e secretários — Foto: Gil Leonardi/Imprensa MG

O Supremo Tribunal Federal (STF) vai começar a julgar nesta sexta-feira (8), no plenário virtual, a constitucionalidade da lei sancionada pelo governador de Minas Gerais (Novo), Romeu Zema (Novo), que reajustou em quase 300% o seu próprio salário, do vice-governador e do secretariado do Estado, o que inclui secretários-adjuntos (veja a lista completa abaixo).

Com a canetada do governador, a remuneração dele passou de R$ 10,5 mil para R$ 37,5 mil. E, a previsão, é a de chegar a R$ 41,8 mil até 2025. A elevação anual dos salários seria, conforme explicou Zema à época, para “resolver o problema” da falta de reajuste, que não ocorre desde 2007. E, assim, segundo ele, a remuneração passaria a ser “compatível com o cargo”. (veja abaixo como fica o salário

A Confederação das Carreiras Típicas de Estado (Conacate) foi quem questionou esse aumento no Supremo por meio de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI). O relator do caso no Supremo, ministro Cristiano Zanin, levou o tema ao plenário. Ele não adiantou como irá se posicionar nesse caso.

O julgamento começa às 00h desta sexta-feira, com a disponibilização do parecer de Zanin, e se encerra no dia 18 de dezembro. Durante esse período, os ministros votam eletronicamente. É necessário apoio da maioria dos membros da Corte para o reajuste ser considerado inconstitucional.

Às vésperas do julgamento, na última terça-feira (6), o relator recebeu a argumentação do governador a favor da medida. A sustentação oral foi feita por Daniel Cabaleiro Saldanha, procurador de Minas Gerais, e repassada ao Supremo por meio de um arquivo de vídeo.

Antes de levar o processo para votação, Zanin também havia recebido a manifestação da Procuradoria Geral da República (PGR), assinado pela procuradora interina Elizeta Ramos, se colocando favorável ao reajuste do governador. Segundo ela, a remuneração foi aprovada pelo Legislativo e, mesmo depois do aumento, ainda está abaixo do teto para o funcionalismo público do Estado. 

Veja como ficam os salários do alto escalão do governo de Minas


Salário do governador 

  • R$ 37.589,96 a partir de 1º de abril de 2023;
  • R$ 39.717,69 a partir de 1º de fevereiro de 2024;
  • R$ 41.845,49 a partir de 1º de fevereiro de 2025.

Salário do vice-governador 

  • R$ 33.830,96 a partir de 1º de abril de 2023; 
  • R$ 35.745,92 a partir de 1º de fevereiro de 2024;
  • R$ 37.660,94 a partir de 1º de fevereiro de 2025.

Salário de Secretários de Estado

  • R$ 31.238,19 a partir de 1º de abril de 2023;
  • R$ 33.006,39 a partir de 1º de fevereiro de 2024; 
  • R$ 34.774,64 a partir de 1º de fevereiro de 2025.

Salário de Secretários Adjuntos de Estado 

  • R$ 28.114,37 a partir de 1º de abril de 2023;
  • R$ 29.705,75 a partir de 1º de fevereiro de 2024; 
  • R$31.297,18 a partir de 1º de fevereiro de 2025.

Deputada mineira pede revogação de aumento salarial que Zema deu a si mesmo

Deputada mineira pede revogação de aumento salarial que Zema deu a si mesmo – Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

A deputada federal Dandara Tonantzin (PT-MG) enviou, nesta segunda-feira (23), um ofício a Romeu Zema (Novo) questionando a proposta de reajuste salarial aos servidores prevista no Regime de Recuperação Fiscal (RRF) e pedindo que o governador revogue o aumento nos próprios vencimentos.

O projeto enviado pelo Executivo à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) no início deste mês prevê duas recomposições de 3% ao funcionalismo público estadual para os próximos nove anos, o que não seria suficiente para recompor as perdas inflacionárias, de acordo com a parlamentar.

Caso aprovado pela Assembleia com o texto atual, o Regime de Recuperação Fiscal determina uma série de regras de austeridade econômica para viabilizar o pagamento da dívida do estado com a União, que gira em torno dos R$ 150 bilhões. Neste cenário, os servidores públicos teriam dois reajustes de 3% previstos para os nove anos de vigência do projeto, um em 2024 e outro em 2028.

Dandara cita que dados do Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Estadual, Fiscais e Agentes Fiscais de Tributos do Estado de Minas Gerais (Sindifisco-MG) apontam para uma inflação de 5,8% no ano passado e caminha para 5% neste ano. A deputada argumenta que os reajustes de 3%, portanto, seriam insuficientes para cobrir as perdas inflacionárias.

Além de solicitar uma explicação para a proposta de reajuste, a parlamentar argumenta que os valores recebidos pelo estado via Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) seriam suficientes para proporcionar um reajuste de 27,46% aos professores do estado. Com este aumento, a classe teria seus vencimentos adequados ao piso salarial nacional.

As requisições por informações do Executivo Estadual são acompanhadas pelo pedido de revogação do Projeto de Lei (PL) 415/2023, aprovado na Assembleia em abril deste ano, e que aumenta em quase 300% os salários de Zema e seus secretários. O aumento autoconcedido pelo governador é motivo de críticas da oposição, que relaciona as propostas de austeridade para o funcionalismo público enquanto aprova medidas que aumentam os próprios vencimentos. Em justificativa ao Supremo Tribunal Federal (STF), Zema diz que o reajuste foi feito para “corrigir uma inconstitucionalidade”.

“Requer-se, em tempo, tendo em vista o que o funcionalismo público sofrerá com o Regime de Recuperação Fiscal proposto, que Vossa Excelência encaminhe à Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais um Projeto de Lei para revogar a Lei Estadual sob nº. 24.314/23, que elevou os vossos subsídios/salários em cerca de 357,99%”, pede a deputada via ofício.

A reportagem solicitou um posicionamento oficial do governo do estado acerca do ofício. Até a última atualização desta matéria, não houve resposta.

Zema pede à Assembleia aumento de 258% em seu próprio salário

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), pediu à Assembleia Legislativa de Minas Gerais que o seu salário e também os do vice-governador, secretários e secretários-adjuntos de estado sejam aumentados em até 258% a partir do próximo dia 1º.

Um projeto de lei prevendo os reajustes foi apresentado pela Mesa Diretora da Casa a pedido do governador na semana passada. O texto prevê ainda outros aumentos em 2024 e 2025.

Na sexta (24), o governador foi às redes sociais afirmar que fez o pedido ao comando da Assembleia e também agradecer pelo fato de ter sido atendido.

“Pra Minas continuar avançando é preciso atrair e manter os mais competentes nos quadros técnicos. São mais de 15 anos de congelamento dos salários dos secretários estaduais, situação incompatível com o cargo. Agradeço a Almg que apresentou, a meu pedido, PL (projeto de lei) que resolve o problema”, disse Zema na ocasião.

Caso o projeto seja aprovado, o salário do governador é o que terá maior reajuste, passando de R$ 10.500 para R$ 37.589,96, elevação de 258%. Os vencimentos do vice-governador sairão de R$ 10.250 para R$ 33.830,96, reajuste de 230%.

Secretários passarão de R$ 10 mil ara R$ 31.238,19 e secretários-adjuntos de R$ 9.000 para 28.114,37, alta de, em ambos os casos, aproximadamente 212%.

O texto prevê outros dois aumentos a partir do ano que vem. No caso do contracheque do governador, se o projeto seja aprovado, o valor passará de R$ 37.589,96 para R$ 39.717,69 em fevereiro de 2024 e para R$ 41.845,49 em fevereiro de 2025.

O vice-governador, secretários e secretários-adjuntos também terão aumentos nos próximos dois anos, caso a medida se concretize.

Na justificativa para apresentação do projeto, o texto afirma que o objetivo é adequar as remunerações do governador, vice, secretários e secretários-adjuntos.

“É preciso destacar que o projeto é deflagrado nesta Casa em decorrência do comando previsto na Constituição do Estado, em seu artigo 61, parágrafo 21, segundo o qual compete à Assembleia Legislativa dispor, com a sanção do governador, sobre a fixação dos subsídios do governador, vice-governador e dos secretários de estado.”

A justificativa diz ainda que a apresentação de texto dessa natureza é atribuição da Mesa Diretora. O projeto afirma que a proposta visa recomposição das perdas decorrentes da inflação acumulada no período, “considerando-se o fato de que os valores atualmente pagos estão em vigor desde janeiro de 2007”.

A inflação acumulada pelo IPCA no período é de cerca de 150%.

DOAÇÃO

Empresário, o governador Zema, na sua primeira campanha pelo governo de Minas, em 2018, afirmou que não receberia o salário previsto para seu cargo. Ao assumir, anunciou que doaria o valor para instituições de apoio social.

A reportagem perguntou à assessoria do governador se a decisão será mantida caso o novo valor seja aprovado pela Assembleia, mas não houve resposta até a publicação deste texto.

A oposição criticou a decisão do governador de tentar aumentar o seu salário e o de auxiliares.

“O governador fala que o estado está em crise e quer aumentar o seu salário? Será que ele quer aumentar para doar? Não seria melhor fazer políticas sociais?”, questionou o líder da minoria na Assembleia, deputado Doutor Jean Freire (PT).

O líder do bloco Minas em Frente, Cássio Soares (PSD), da base do governador na Casa, afirmou que os salários do governador e auxiliares já passaram da hora de serem reajustados. “O percentual não é alto. A defasagem é que é alta”, declarou.

Disse ainda que não haverá problemas na aprovação do texto pela Casa. “Existe um bom senso muito grande para aprovar esse projeto”, afirmou.

O projeto deverá ser encaminhado às comissões do Legislativo nos próximos dias.

Receber notificações de Jornal Folha Regional Sim Não
Jornal Folha Regional
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.