Desde dezembro de 2020, o espaço está desocupado

O antigo edifício sede de Furnas, em Botafogo, Zona Sul do Rio, será transformado em um empreendimento residencial.
Desde dezembro de 2020, o espaço, que abrange um quarteirão em um dos bairros valorizados do Rio, está desocupado.
Os funcionários da subsidiária da Eletrobras foram transferidos para a sede atual, na Avenida Graça Aranha, no Centro da Cidade.
Em julho de 2022, o edifício da gigante elétrica foi arrematado pela incorporadora Cyrela por aproximadamente R$ 75 milhões, em um leilão na Bolsa de valores, em São Paulo. O valor foi R$ 14 a mais que o lance mínimo. Não houve concorrência.

A cessão da área incluiu um terreno de estacionamento e os prédios que abrigaram o Centro de Operação do Sistema Furnas, uma gráfica e um centro de treinamento.
O processo fez parte de um projeto de capitalização da Eletrobras, iniciado pelo governo de Jair Bolsonaro (PL).
A incorporadora disse que não há previsão para lançamento do residencial. O abandono no local já foi abordado em várias reportagens da BandNews FM.
Funcionários e ex-funcionários de Furnas, afirmam que tudo isso é devido a privatização, a qual é antes de tudo, a desconstrução de uma identidade.
“Furnas era algo como uma “pérola”, para a região sudeste. A demolição de espaços históricos é apenas uma fase do “apagamento” da marca. Obviamente, Furnas é muito mais que apenas prédios em Botafogo. Mas a demolição, dói. A prioridade de um privatista é “quebrar” a imagem, por dentro. Normalmente, começam pela inserção e cultura do medo, entre os concursados. Segue com a destruição de espaços. Até que a possibilidade de reconstrução da imagem, torna-se mais “caro” que a construção realizada ao longo dos anos. Assim, aceita-se a derrota. É por isso que privatizações são caminhos, praticamente, sem volta. Exemplo claro é a solicitação de busca por petróleo na faixa equatorial do Amazonas, pela Petrobrás, após a perda da prioridade sob a exploração do pré-sal. O brasileiro não consegue perceber que os estrangeiros, nos sabotam pelo diversionismo e identitarismo. Pobre povo brasileiro”, afirma um ex-funcionário em nota.

Os governos já demonstraram despreparo para gerenciar grandes corporações. Deixaram que se tornassem focos de corrupção e cabides de empregos, negociados. Furnas , atualmente tem a metade dos empregados que tinha há dez anos. A energia produzida diminuiu? A luz apagou? CLARO DE NÃO. Então tinha gente demais. O prédio de Botafogo acabou como mico. A venda foi ótima ação. A privatização foi correta e será eficaz.