Jornal Folha Regional

Sem investir o mínimo, Estado acumula dívida de R$ 6 bi e impõe caos na Saúde

Sem investir o mínimo, Estado acumula dívida de R$ 6 bi e impõe caos na Saúde - Foto: reprodução
Sem investir o mínimo, Estado acumula dívida de R$ 6 bi e impõe caos na Saúde – Foto: reprodução

O governo de Minas Gerais não tem investido os valores mínimos determinados em lei na saúde do Estado. Nem mesmo no pior ano da pandemia, em 2021, quando os hospitais ficaram lotados e cerca de 44 mil pessoas morreram, os 12% do orçamento exigidos pela Lei Complementar Nº 141 foram empenhados. Naquele ano, o Estado ficou devendo para a rede R$ 1,2 bilhão, enquanto pacientes com quadros graves de Covid-19 tiveram que ser transferidos do interior de Minas para São Paulo por falta de leito de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Esse subfinanciamento do sistema não é de hoje: de 2009 a 2020, o governo acumulou uma dívida de R$ 6,7 bilhões com as secretarias municipais de saúde. Um dinheiro garantido na legislação, prometido no orçamento apresentado pelo próprio governo, não pago e que fez muita falta na ponta ao refletir em desassistência para a população. O Governo informou que “está colocando as contas da saúde em dia”.

Até outubro de 2023, 65.881 pessoas morreram no Estado por agravo da Covid-19, segundo o último boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG). A maioria das vítimas, 67%, morreu em 2021. No ano em que o mundo vivia uma força-tarefa para vencer a pandemia, o Executivo Estadual destinou menos de 50% da verba prometida para investimento nos temas: “Enfrentamento ao Coronavírus”; “Combate Epidemiológico ao Coronavírus” e “Prevenção ao Contágio e Enfrentamento ao Coronavírus (Covid -19)”. É o que está registrado no Relatório Anual de Gestão (RAG) do Governo.

“A ausência de investimento adequado para um atendimento imediato, tão necessário naquele momento, é uma constatação grave. A demora na alocação de recursos para a compra de equipamentos essenciais, como máscaras e respiradores hospitalares, e outras ações pertinentes, gerou um cenário desafiador”, afirma o deputado Lucas Lasmar (REDE), o parlamentar que mais enviou ofícios à SES em 2023.

Ele destaca a falta de leitos de UTI Adulto e Neonatal – como aconteceu em São Sebastião do Paraíso, no Sudoeste de Minas, que teve que transferir pacientes com Covid-19 para São Paulo – como a principal lacuna da saúde pública de Minas Gerais até hoje. “Essa situação se reflete em milhares de vidas perdidas em todo o Estado pela insuficiência desses leitos”, alerta.

Em Governador Valadares, na região do Rio Doce, duas idosas, uma de 82 anos e outra de 67, morreram na mesma semana à espera de uma vaga de UTI em março de 2021. Segundo a prefeitura, os leitos públicos estavam ocupados em 100%, e as pacientes não resistiram às complicações da doença sem o atendimento adequado. Em nota, à época, a prefeitura lamentou o caso e disse que houve tratamento e assistência “dentro das possibilidades da instituição”.

Mas, assim como pontuou o deputado, o problema não terminou com o fim da pandemia. Sem que os investimentos na saúde resolvessem o problema dos leitos, em outubro de 2023, Élcia Elizabeth Canuto Araújo, de 54 anos, perdeu o pai, Antônio Canuto Fernandes, de 88, na sala de espera por uma vaga de UTI em Barbacena, no Campo das Vertentes. O problema não era Covid-19, e sim uma prótese mal colocada no quadril. Ela conseguiu na Justiça que o pai colocasse a prótese, e, com a rejeição da peça, buscou no tribunal, outra vez, a internação para o tratamento da infecção. Mas, quando Antônio piorou, não teve leito de UTI a tempo. 

“Ele passou mal no dia 11 (de outubro), começou a vomitar e aspirou um pouco de líquido para o pulmão. Ficamos na sala vermelha, à espera. Lá, deveria ter uma UTI, mas não estava funcionando. No dia 12, meu pai teve uma parada cardíaca, não aguentou e faleceu na sala de espera mesmo”, lamenta a filha, relembrando o trauma. “No hospital, fizeram o que podiam. Se tivesse UTI, talvez meu pai estaria vivo agora. Eu só queria que as autoridades olhassem para esse problema”, continua.  

Segundo dados do sistema SusFácil, o pai de Elcia é um dos 346 pacientes que morreram enquanto aguardavam vaga de UTI de janeiro a novembro de 2023 na macrorregião Centro-Sul do Estado – que engloba Barbacena e outros 50 municípios com uma população de aproximadamente 800 mil pessoas. Em média, 33 pessoas perderam a vida por mês por falta de oportunidade. Na macrorregião, há um déficit de 19 leitos de UTI adulto e 9 de UTIs pediátricas, de acordo com levantamento do superintendente regional de Saúde de Barbacena, Renato dos Reis.

Ciclo vicioso: dívida, subfinanciamento e assistência limitada 

Como em um ciclo vicioso, o saldo negativo cresce a cada ano. De 2019 a 2022, o Estado deixou de restos a pagar da Saúde cerca de R$ 9,5 bilhões. Nesse levantamento, estão incluídas dívidas do Estado com hospitais, farmácias e municípios, por exemplo. Dados do Portal da Transparência, de novembro de 2023, constam um acréscimo na dívida de R$ 111,2 milhões em empenhos não pagos ao longo do ano passado – isso, só para 29% das cidades de Minas. “A projeção da dívida com os 853 municípios, apenas na área da saúde, é muito maior”, acrescenta Lucas Lasmar. 

Na prática, mesmo com as parcelas pagas do Fundo Estadual de Saúde –  R$ 1,7 bilhão de 2021 até o fim de 2023 –, o  déficit com os municípios só cresce. “Como esse fluxo de gasto em saúde permite que fiquem restos a pagar, os valores não liquidados no ano em curso vão para o ano seguinte. A base não é cumprida e vai enrolando, acumulando despesas ao longo do século. É uma forma de burlar o piso”, explica Eli Iola Gurgel, especialista em Economia da Saúde e professora da Faculdade de Medicina da UFMG.

Na compreensão do Governo do Estado, no entanto, o mínimo constitucional está sendo cumprido pelo terceiro ano consecutivo, “com aplicação de 12,18% da arrecadação total de impostos estaduais na saúde em 2023”, informou. O investimento, no entanto, não termina de ser pago. 

Mesmo não se concretizando, como o valor autorizado para o ano respeita os 12%, o Estado não é penalizado com a suspensão de transferência de outros impostos, como prevê a legislação. “O mínimo constitucional deveria considerar como investimento em saúde o valor efetivamente pago, não apenas o empenhado (prometido). O Tribunal de Contas do Estado, por exemplo, só considera gastos mínimos em saúde pelas prefeituras aquilo que foi efetivamente pago. É por isso que temos diversos prefeitos e prefeitas inelegíveis”, analisa Lucas Lasmar.

Ele lembra que, na época do governo Aécio Neves, despesas de saneamento eram contabilizadas como saúde, o que fazia com que o investimento na área ficasse maior. “Isso foi proibido, mas hoje se usa a estratégia de empenhar o valor. Uma preocupação adicional é que o empenho pode ser cancelado posteriormente, gerando percentuais fictícios”, acrescenta. A assessoria do deputado federal Aécio Neves foi procurada para falar sobre o tema mas, até o fechamento desta edição, não havia se pronunciado. 

De acordo com a especialista Eli, o não cumprimento do orçamento se tornou um mau hábito que inviabiliza investimentos maiores no futuro. “A manobra é a seguinte: como você não gastou todo o planejado com a saúde no ano, como ficaram restos a pagar, na discussão do orçamento do ano seguinte, você não vai aumentar o orçamento, porque vai entender que não precisa. Vira um ciclo que não deixa completar os 12% da lei. É difícil até para medir a necessidade de investimento”, avalia. 

Foi a falta do cumprimento do investimento mínimo na saúde do Estado que fez o Conselho Estadual de Saúde de Minas Gerais (CES-MG) reprovar os Relatórios Anuais de Gestão da SES-MG de 2019 a 2021, além de aprovar o de 2022 com ressalvas. O Conselho faz parte da fiscalização dos gastos do Governo com o SUS. Segundo o coordenador da Câmara Técnica de Orçamento e Finanças do CES, Erli Rodrigues, o imbróglio é maior pela falta de transparência com a dívida. 

“O que o Governo tem feito é, quando chega dezembro, empenha os valores que estão faltando, mas não liquida, não se compromete a pagar. No entendimento da lei 141, ou liquida o valor ou separa os recursos. Se não, vira uma bola de neve”, diz. “Não basta falar que o dinheiro existe, tem que provar. Nós pedimos o extrato do recurso que está em caixa, e recebemos a resposta que é informação sigilosa. Isso deveria estar no Portal da Transparência. Se o recurso entra para o caixa geral, não tem como saber o que dali é da Saúde”, continua o coordenador. 

Reflexos do subfinanciamento da Saúde no pós-pandemia

Rodrigues chama atenção para as complicações que o Sistema Único de Saúde (SUS) está enfrentando pela falta de financiamento, problema que aumentou no pós-pandemia. “O Estado não conseguiu exercer o mínimo, os serviços pararam, as cirurgias eletivas pararam, a atenção básica ficou por conta da Covid. Agora, estamos com um reflexo de casos mais graves de saúde com dificuldade de assistência. Estamos entre os 25 piores Estados em investimento em saúde”, afirma.

Para o deputado Lucas Lasmar, o principal prejudicado é o cidadão. “Essa situação resulta em uma ineficiência na execução das políticas públicas. Geralmente, os cortes mais significativos ocorrem na Atenção Básica, e os municípios assumem o ônus para evitar a interrupção do atendimento. Mas o fornecimento de medicamentos e a realização de exames também são suspensos, incluindo procedimentos como cateterismos, tomografias e mamografias. Mesmo com os pagamentos em dia, tais recursos são frequentemente insuficientes para atender à demanda da população no tempo adequado”, denuncia. 

Insuficiência de verba força municípios a assumirem déficit 

Uma vez que falta recurso estadual, os municípios são forçados a oferecer mais do que o planejado. A especialista Eli Iola Gurgel cita que as Secretarias de Saúde Municipais estão se responsabilizando cada vez mais com a saúde local quando comparado com os recursos estaduais e federais. “O município está perto das necessidades da população. Ele tem mais controle do que realmente precisa, se é ambulância, médico de atenção básica, consulta especializada. Então, a secretaria municipal briga mais frequentemente com a prefeitura pelo investimento. A partir dos anos 2000, muitas cidades vêm gastando mais do que os 15% da lei, enquanto o Estado ocupa uma posição mais confortável”, analisa. 

O deputado Lucas Lasmar foi Secretário Municipal de Saúde da cidade de Oliveira, na região Centro-Oeste do Estado, de 2017 a 2022. Durante a pandemia, ele se viu forçado a agir sozinho. “Na época, tive que realizar diversas ações com os recursos próprios do município e do Fundo Municipal de Saúde (FMS), porque tanto o Estado quanto o Governo Federal demoraram para disponibilizar recursos para que os municípios pudessem adaptar as Unidades Básicas de Saúde, criar leitos de UTI e enfermarias de isolamento nos Hospitais Filantrópicos”, conta. De acordo com o monitoramento da dívida pela SES-MG, o Estado deve à Oliveira R$ 21,8 milhões de valores do orçamento que não foram repassados. 

A situação é a mesma em Muriaé, na Zona da Mata, para a qual o Estado deve R$ 46,1 milhões em valores do orçamento. Segundo atualização da contabilidade do município, 25% (R$ 11,6 milhões) foram quitados. A Secretária de Saúde de Muriaé, Luiza Agostini de Andrade, conta do processo interno de controle da verba estadual para melhor aproveitamento diante das circunstâncias. “Realizamos a previsão da receita no orçamento com base nos valores fixos recebidos pelo Estado no ano de anterior, e aguardamos o pagamento das parcelas que são atreladas a programas específicos, como a Assistência Farmacêutica, por exemplo, que tem receita por bimestre”, diz. 

Mesmo assim, é o município que “segura as pontas”, segundo relato da secretária Luiza. “Tentamos aguardar a receita começar a ser repassada ao município para iniciar seus gastos, porém, neste período que aguardamos os recebimentos, utilizamos os superávits financeiros e o recurso próprio do município”, afirma.

Quando os valores finalmente caem na conta de Muriaé, já chegam comprometidos. “São investimentos em Atenção Básica à Saúde e média e alta complexidade, com o intuito de realizar exames, aquisição de insumos, mobiliários, realizar cirurgias e etc.”, enumera Luiza Agostini de Andrade. 

A reportagem tentou contato com o Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais e aguarda retorno. 

O que diz a SES-MG na íntegra?

“A Secretaria de Saúde do Estado de Minas Gerais (SES-MG) informa que está colocando as contas da saúde em dia, com o pagamento simplificado e ampliado da dívida com os municípios e com as instituições filantrópicas. Além disso, a atual gestão mantém o cumprimento do mínimo constitucional pelo terceiro ano consecutivo, com aplicação de 12,18% da arrecadação total de impostos estaduais na saúde em 2023.

O Acordo do Fundo Estadual, que rege a dívida do Estado com os municípios, é de R$ 6,7 bilhões, dos quais foram pagos R$ 1,7 bilhão até o momento — sendo R$ 394 milhões em 2021, R$ 659 milhões em 2022 e R$ 743 milhões em 2023.

Além disso, em setembro de 2023, o governador Romeu Zema e a Assembleia Legislativa de Minas Gerais assinaram Termo Aditivo que regulamenta a transposição e transferência de saldos constantes e financeiros provenientes de repasses, parcerias e convênios firmados com a SES-MG, o que significa que os recursos que anteriormente só poderiam ser gastos para um fim específico podem ser utilizados pelo município de acordo com a sua necessidade na área da saúde.

Para dar mais flexibilidade no pagamento, o valor da dívida com os hospitais filantrópicos foi retirado do Acordo e, em 2023, foram repassados R$ 266,3 milhões a 191 instituições. O restante, R$ 197 milhões, será pago ainda em 2024, antecipando para menos de um ano o pagamento da dívida, que era previsto até outubro de 2030. Os recursos são referentes à dívida do Pro-Hosp, ao Encontro de Contas e Câmara de Compensação (extrapolamento) e aos saldos referentes aos débitos de entidades.

Além do pagamento da dívida, a SES-MG vem cumprindo mensalmente os valores repassados aos hospitais, por meio dos programas Valora Minas e Opera Mais, maior política de cirurgias eletivas da história do estado.”

Via: O Tempo

Lula aposta em aumento de crédito e queda de juros para fazer economia crescer mais em 2024

Lula aposta em aumento de crédito e queda de juros para fazer economia crescer mais em 2024 – Foto: reprodução

O presidente Lula aposta em medidas de aumento de crédito e na queda dos juros para fazer a economia crescer mais neste ano. Ele já vem encomendando medidas para fomentar o crédito à sua equipe, que comemorou os bons resultados do Desenrola.

Com mais crédito e juros mais baixos, Lula confia em um crescimento que pode surpreender e ficar, novamente, acima das previsões do mercado.

Atualmente, as previsões de crescimento deste ano, eleitoral, estão na casa de 1,5%. O Banco Central prevê 1,7%. A equipe do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, aposta em algo na casa de 2%.

Lula quer mais e conta também com a injeção de recursos na economia pelo aumento do salário mínimo e o pagamento de R$ 95 bilhões de precatórios. Essas medidas devem ajudar a impulsionar a economia, que no ano passado teve crescimento na casa de 3%.

De volta a Brasília, o presidente tem algumas missões imediatas para o mês de janeiro. Duas delas mais urgentes, a escolha do novo ministro da Justiça e a negociação com o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), sobre a tramitação da medida provisória editada por Fernando Haddad no fim do ano, para aumentar a arrecadação.

No caso da primeira, Lula chegou a acertar com Flávio Dino que definiria seu substituto até o dia 15 de janeiro. Ninguém crava um nome, mas Ricardo Lewandowski está bem cotado.

No caso da segunda missão, há o risco de a MP ser devolvida, e Lula vai tentar acertar um acordo com Pacheco para que ela não seja rejeitada.

A devolução da medida prejudicaria não só uma, mas as três medidas tomadas por Haddad no final do ano: reoneração da folha de pagamento, limite para compensação de créditos tributários e redução dos incentivos fiscais para o setor de eventos.

Em relação a uma possível reforma ministerial, Lula chegou a dizer no fim do ano passado que estudava mexer na equipe, mas o temor é disparar uma disputa entre os partidos da base aliada por mais espaço no governo, principalmente de legendas do Centrão, como Progressistas e Republicanos.

Empresas multinacionais firmam parceria com o Governo de Minas no programa Um Milhão de Oportunidades para o Futuro-Minas Gerais

Empresas multinacionais firmam parceria com o Governo de Minas no programa Um Milhão de Oportunidades para o Futuro-Minas Gerais - Foto: Dirceu Aurélio / Imprensa MG
Empresas multinacionais firmam parceria com o Governo de Minas no programa Um Milhão de Oportunidades para o Futuro-Minas Gerais – Foto: Dirceu Aurélio / Imprensa MG

O Mercado Livre, a Paul Wurth e a Milplan acertaram parceria com o Governo de Minas no programa Um Milhão de Oportunidades para o Futuro-Minas Gerais. As empresas assinaram, no segundo semestre de 2023, o termo de adesão ao programa, resultado de um acordo entre os projetos Trilhas de Futuro, do Estado, e Um Milhão de Oportunidades (1MiO), articulação liderada pelo Unicef no Brasil.

O principal objetivo do Governo de Minas com o projeto Trilhas de Futuro é a oferta gratuita de cursos técnicos aos estudantes e egressos do ensino médio. O projeto engloba, até o momento, cerca de 145 mil estudantes mineiros matriculados ou já formados, em mais de 80 opções de cursos, distribuídos em 133 municípios mineiros.

Para o secretário de Estado de Educação de Minas Gerais, Igor de Alvarenga, chefe da pasta que executa o projeto, além da qualificação, agora o jovem está conectado com o mercado de trabalho. “A plataforma 1MiO é uma grande oportunidade para conectar os jovens mineiros, que estão sendo capacitados pelo Trilhas de Futuro, com as empresas que buscam por mão de obra qualificada. Isso colabora ainda mais com o sucesso da iniciativa e a inserção dos jovens no mercado, que é o nosso grande objetivo”, comenta.   

A adesão das empresas ao programa reforça o compromisso urgente das organizações de criar e divulgar oportunidades de ingresso no mercado de trabalho para jovens e adolescentes em situação de vulnerabilidade, com idades entre 14 e 29 anos, abrangendo as modalidades de estágio, aprendizagem e emprego formal.

“A geração de emprego e renda é um dos principais pilares do Governo de Minas, que tem trabalhado intensamente para atrair investimentos privados para o estado, visando ao desenvolvimento socioeconômico dos mineiros, já que a criação de postos de trabalho é uma das muitas políticas da gestão que impulsionam o desenvolvimento”, destaca o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, Fernando Passalio.

Parcerias 

O Mercado Livre é uma empresa líder em tecnologia para e-commerce e serviços financeiros na América Latina, com mais de 20 anos de experiência no mercado digital. Já a Milplan é uma empresa de engenharia mineira fundada na década de 1980 e considerada um dos melhores locais para se trabalhar no setor. A Paul Wurth, por sua vez, é uma multinacional líder em projetos e fornecimento de soluções tecnológicas para plantas industriais e setores associados, que opera no Brasil desde 1977. 

Os acordos feitos pelo Governo de Minas, no âmbito do projeto, contam com empresas altamente qualificadas em seus segmentos e com atuação marcante no mercado mundial. Além disso, com um perfil variado de atuação, essas novas parceiras irão proporcionar um leque amplo de experiências e de oportunidades para os jovens poderem desenvolver suas potencialidades.

As parcerias representam um passo significativo frente à desafiadora realidade do país, que atualmente possui 49 milhões de brasileiros entre 15 e 29 anos, dos quais cerca de 20% seguem sem trabalho e sem emprego (Pnad/IBGE). Isso porque um dos caminhos para enfrentar essa realidade é a promoção da Educação Profissional e Técnica (EPT), que viabiliza mais oportunidades de evolução de carreira para os jovens. 

“A parceria entre Unicef, Governo de Minas Gerais e as empresas marca um  importante passo na fomentação de oportunidades para adolescentes e jovens em situação de vulnerabilidade em todo o país, assim como reforça as ações do Unicef e do 1MiO para a inclusão, cada vez mais contundente, de adolescentes e jovens dentro de trabalhos e organizações acolhedoras, plurais e representativas da nossa sociedade”, afirma o oficial de Programas do Unicef no Brasil, Gustavo Heidrich. 

Formação e trabalho

O lançamento do programa Um Milhão de Oportunidades para o Futuro – Minas Gerais ocorreu em 22 de agosto. A iniciativa conta com a participação da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede-MG), Secretaria de Estado de Educação (SEE) e a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese).

A primeira fase de implementação da cooperação ficou definida com o engajamento do setor privado e arranjos produtivos locais para a geração de oportunidades. Já a segunda ficou determinada pela mobilização de adolescentes e jovens para o acesso de oportunidades na plataforma digital do 1MiO.

A iniciativa Um Milhão de Oportunidades (1MiO), liderada pelo Unicef, reúne empresas, sociedade civil e governos para criar oportunidades de formação e trabalho decente para jovens em situação de vulnerabilidade de todo o Brasil, de 14 a 29 anos. Em dois anos, o 1MiO já reúne mais de 140 empresas e 1.833 municípios parceiros e gerou mais de 250 mil oportunidades. Para participar é necessário realizar o cadastro no site do projeto

Governo define valor para o salário mínimo em 2024; confira

Governo define valor para o salário mínimo em 2024; confira – Foto: reprodução

O novo valor para o salário mínimo para o ano de 2024 já está definido: R$ 1.412,00. A decisão do Governo Federal aconteceu após a aprovação, na quinta-feira (21), do relatório sobre o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2024. O reajuste entrará em vigor a partir de janeiro do próximo ano, com o pagamento inicial em fevereiro.  A definição do novo valor aguarda sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que deve acontecer até o último dia de 2023.

O acréscimo de R$ 92 representa 6,97% sobre o valor atual, que é de R$ 1.320,00. O novo salário ficará abaixo dos R$ 1.421,00 previstos inicialmente na proposta de orçamento sugerida pelo governo. O Congresso aprovou a correção que segue o cálculo que inclui o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mediu a inflação dos últimos 12 meses, somado à variação do Produto Interno Bruto (PIB) dos últimos dois anos.

Segundo o Ministro do Trabalho, Luiz Marinho, o governo está otimista com a geração de empregos no país no próximo ano. “Tenho certeza que o ano que vem será um ano melhor ainda do ponto de vista do mercado de trabalho, ancorado na obras retomadas e nas próximas obras de novos projetos como Minha Casa, Minha vida e de infraestrutura”, disse.

Desemprego em 7,7% em novembro

A taxa de desemprego no Brasil caiu para 7,7% no terceiro trimestre deste ano. No segundo trimestre, o índice era 8% e, no terceiro trimestre do ano passado, 8,7%. Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua foram divulgados no dia 31 novembro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

É o menor nível de desemprego desde o último trimestre de 2014 (6,6%). A população desempregada ficou em 8,3 milhões no terceiro trimestre deste ano, 3,8% abaixo do trimestre anterior e 12,1% a menos do que o terceiro trimestre de 2022.

Lula anuncia desconto de até 99% nas dívidas do Fies

Lula assina sanção ao Projeto de Lei n° 4172/2023, que altera a Lei do Fies. Foto: Ricardo Stuckert

Pouco mais de um mês após determinar que os beneficiários do Bolsa Família e do Benefício de Prestação Continuada (BCP) não terão mais que pagar as prestações do programa Minha Casa, Minha Vida, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou, esta quarta-feira (1), que estudantes com dívidas no Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) poderão ter descontos de até 99% em um programa de renegociação para abater os débitos. Além disso, haverá perdão total com relação aos juros dessas dívidas. 

“Eu e o Camilo Santana [ministro da Eduação] temos uma novidade importante para o pessoal do Fies. Vamos criar condições mais favoráveis de renegociação para contratos celebrados até o fim de 2017 e com débitos vencidos e não pagos até 30 de junho de 2023”, escreveu Lula, através das redes sociais, logo após sancionar o Projeto de Lei nº 4172/2023, que altera a Lei nº 10.260/2001 (Lei do Fies). 

Segundo o Palácio do Planalto e o Ministério da Educação, a lei funcionará da seguinte maneira: serão criadas condições mais favoráveis de amortização das dívidas de estudantes com contratos do Fies celebrados até o fim de 2017 e com débitos vencidos e não pagos em 30 de junho de 2023. 

No caso de estudantes inscritos no Cadastro Único (CadÚnico), o desconto nos débitos vencidos e não pagos até 30 de junho de 2023 poderá chegar a até 99%. Para os demais estudantes, o abatimento será de até 77%.

“Quem já se formou e está devendo o Fies poderá ter descontos de quase 100% da dívida. É a possibilidade de esses estudantes colocarem suas contas em dia. É mais uma ação importante do governo federal para os jovens brasileiros”, disse o ministro da Educação, Camilo Santana.

“Quem está devendo, quem está inadimplente poderá, a partir de agora, saldar a dívida com desconto. Queremos que nossos jovens estudem pagando o mínimo necessário”, declarou Lula, por sua vez. 

Termos para renegociação das dívidas 

• Estudantes com débitos vencidos e não pagos havia mais de 90 dias, em 30 de junho de 2023, terão desconto de até 100% sobre encargos (juros e multas pelo atraso no pagamento) e de 12% sobre o valor financiado pendente, para pagamento à vista; ou parcelamento em até 150 parcelas mensais e sucessivas do valor financiado pendente, com desconto de 100% dos encargos (juros e multas pelo atraso no pagamento), mantidas as demais condições do contrato (ou seja, ficam mantidas as condições de garantia e eventuais taxas de juros do contrato). 

• Estudantes com débitos vencidos e não pagos havia mais de 360 dias, em 30 de junho de 2023, que estejam inscritos no CadÚnico ou que tenham sido beneficiários do Auxílio Emergencial 2021, terão desconto de até 99% do valor consolidado da dívida, inclusive principal, por meio da liquidação integral do saldo devedor em até 15 prestações mensais e sucessivas. 

• Estudantes com débitos vencidos e não pagos havia mais de 360 dias, em 30 de junho de 2023, que não se enquadrem na hipótese prevista no item anterior, terão desconto de até 77% do valor consolidado da dívida, inclusive principal, por meio da liquidação integral do saldo devedor em até 15 prestações mensais e sucessivas. 

Veja abaixo vídeo em que Lula e Camilo Santana explicam a medida: 

Comissão com representantes do governo e deputados faz visita técnica em estradas e praças de pedágio do Sul de MG

Comissão com representantes do governo e deputados faz visita técnica em estradas e praças de pedágio do Sul de MG – Foto: reprodução

Uma comissão com representantes do governo de Minas Gerais, deputados e da EPR Sul de Minas faz uma visita técnica em estradas e novas praças de pedágio do Sul de Minas. A visita começou na manhã desta quarta-feira (1º).

A vistoria começou na praça de pedágio de Santa Rita do Sapucaí. De lá, eles percorreram outras estruturas da região. A visita segue durante a tarde.

A visita acontece depois de uma série de reclamações de quem precisa das rodovias, sobre a cobrança do pedágio e a condição das estradas.

Na comissão, estão deputados, representantes da empresa e também o secretário de Infraestrutura e Transportes, Pedro Bruno Barros de Souza.

“O que está sendo contratado na concessão é um investimento pelos próximos 30 anos. Amanhã se abrir um buraco onde nós estamos aqui, a concessionária tem 24 horas para tapar sujeita a penalidades previstas em contato. Então o que nós queremos assegurar para a população é segurança pelos próximos 30 anos. E a etapa que nós estamos agora, de serviços iniciais, ela prevê uma recuperação corretiva, mas não é que a empresa vai embora agora e vai deixar como está. Depois vem uma série de outros investimentos estruturantes. Eu queria assegurar para a população que esses investimentos serão feitos e a 290 é um importante corredor da região”, disse o secretário.

Concessões na região

Em março deste ano, a concessionária que administra trechos de oito rodovias do Sul de Minas começou a atuar no primeiro lote que foi leiloado. Segundo a EPR, nos seis primeiros meses, foram feitas operações tapa-buracos, limpeza de vegetação e a correção de pavimentos em trechos da rodovia.

No dia 9 de outubro, a cobrança de pedágios começou em três pontos da região. A empresa também assumiu no mês passado o lote Varginha/Furnas, com mais trechos na região.

Governo encaminha projeto para mudar o ensino médio

Governo encaminha projeto para mudar o ensino médio – Foto: reprodução

O governo encaminhou esta semana ao Congresso o projeto que trata do novo ensino médio. O texto já está na Câmara, aguardando encaminhamento para as comissões e chega com pedido de urgência. Ou seja, terá uma tramitação acelerada.

Basicamente, a proposta estabelece as diretrizes para o novo ensino médio, isso depois do cronograma de implantação dele ter sido suspenso lá em maio. Entre as principais mudanças: a Formação Geral Básica, aquela para todos os estudantes, volta a ter no mínimo 2400 horas, o Espanhol volta a ser obrigatório e disciplinas como filosofia e sociologia voltam aos componentes curriculares.

Já os itinerários formativos, aqueles voltados para diversas áreas e que eram de escolha do aluno, deverão ter os parâmetros definidos. Na prática, a proposta acaba, por exemplo, com a oferta de disciplinas diversas e, muitas vezes, sem relação com o currículo escolar. É o que avalia o pesquisador e professor da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, Daniel Cara.

Para contextualizar: o Novo Ensino Médio é de 2017, ainda do governo Temer. Em maio agora, o governo suspendeu o cronograma de implantação da proposta justamente por conta de críticas e dificuldades na aplicação das regras. Agora, segundo Daniel Cara é tratar da discussão no Congresso. E, enquanto isso, aguardar a sanção da proposta aprovada pelo Senado também nesta semana sobre as cotas. Foram, basicamente, duas mudanças importantes: a inclusão dos quilombolas na política de cotas e a redução da renda para acesso a essa política. Hoje é de um salário mínimo e meio. A proposta aprovada prevê renda familiar igual ou menor a um salário mínimo.

Se por um lado, a entrada de quilombolas nas cotas é vista como positiva, por outro, a mudança na renda de acesso é alvo de críticas. O entendimento é o de que essa regra vai restringir e dificultar ainda mais a entrada por meio de cotas no ensino superior. É o que explica Daniel Cara.

A preocupação dele se justifica: dados do Censo da Educação Superior feito pelo Inep, mostram que o total de estudantes que entraram em universidades federais por meio de cotas caiu. Ano passado foram pouco mais de 108 mil. Número 13% menor do que há uma década. Na avaliação de Daniel Cara, não basta reduzir a renda, mas garantir a permanência do aluno na universidade com bolsas e outros programas, por exemplo.

INSS: Justiça libera R$ 2 bilhões para pagar atrasados a aposentados

INSS: Justiça libera R$ 2 bilhões para pagar atrasados a aposentados – Foto: reprodução

O Conselho da Justiça Federal (CJF) liberou R$ 2 bilhões para pagar atrasados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) a aposentados, pensionistas e demais beneficiários que venceram ações contra o órgão previdenciários e tiveram a quitação dos valores autorizada pelo juiz no mês de setembro. O montante irá quitar as chamadas Requisições de Pequeno Valor (RPVs), que são atrasados de até 60 salários mínimos –hoje em R$ 79,2 mil– em 95,5 mil processos, beneficiando 122,7 mil segurados.

As RPVs envolvem, além de processos de aposentadoria, pensão e auxílios, a concessão ou a revisão de benefícios assistenciais, como é o caso do Benefício de Prestação Continuada (BPC). Para receber, o processo tem que ter chegado totalmente ao final, e a ordem de pagamento o juiz deve ser algum dia do mês de setembro.

O dinheiro é depositado em conta aberta em nome do cidadão ou de seu advogado conforme o cronograma de cada Tribunal Regional Federal (TRF). Para saber quando vai receber, o segurado pode consultar o seu advogado ou fazer a consulta no site do TRF responsável pelo seu processo. Em São Paulo e Mato Grosso do Sul, o TRF responsável é o da 3ª Região, e o site para consulta é o trf3.jus.br. O segurado deve informar seu CPF ou OAB do advogado da causa ou ainda o número do processo.

VEJA O PASSO A PASSO DA CONSULTA AO ATRASADO DO INSS

  • Na página inicial, vá em “Consulta processual”
  • Em seguida, clique em “Consultas por OAB, Processo de origem, Ofício Requisitório de origem ou Número de protocolo”
  • Informe um dos números solicitados e vá em “Não sou um robô”
  • Clique nas imagens solicitadas e, depois, em verificar
  • Vá em “Pesquisar”
  • Na página seguinte, aparecerá o atrasado
  • Se for uma RPV, essas siglas estarão no campo “Procedimento”
  • Se for precatório, estará escrito PRC, e o pagamento é feito apenas uma vez no ano. Em 2023, esse depósito já ocorreu
  • O montante liberado pela Justiça Federal inclui outros valores e chega a R$ 2,4 bilhões neste mês, envolvendo outras ações alimentícias, como retroativos devidos a servidores que ganham ações contra o governo federal.
  • Ao todo, será quitada a dívida do governo em 161.534 processos, com 199.559 beneficiários.

QUEM VAI RECEBER ATRASADOS NESTE LOTE?

O dinheiro será pago a segurados que venceram ações contra a Previdência e tiveram o atrasado liberado pelo juiz em algum dia do mês de setembro. Além disso, é preciso que seja uma RPV e que o processo tenha chegado totalmente ao final. As informações constam no site do tribunal responsável pelo processo. É preciso que, em “Procedimento”, esteja escrito “RPV”.

Na consulta online, o segurado consegue ver ainda o valor que será depositado pela Justiça. Basta ir em um campo onde se lê “Valor inscrito na proposta”. Esse valor, no entanto, poderá ter correções conforme a data do pagamento.

O pagamento é feito com a abertura de contas no Banco do Brasil ou na Caixa Econômica Federal, em uma fase processual chamada de processamento, que já começou e deve terminar até o final do mês ou no início do seguinte, conforme o tribunal.

O lote de setembro, usado para pagar os atrasados de agosto, teve valor recorde de R$ 2,3 bilhões apenas para as RPVs (Requisições de Pequeno Valor), beneficiando 144,7 mil cidadãos que venceram 112 mil ações contra o INSS.

QUEM TEM DIREITO DE RECEBER OS ATRASADOS DO INSS?

Têm direito aos atrasados os segurados que processaram o INSS e ganharam a ação, sem possibilidade de recurso. Além disso, o dinheiro só sai após a ordem do juiz para que se pague o valor. É preciso que o processo seja de até 60 salários mínimos, pois atrasados com valores maiores viram precatórios, que têm um outro sistema de pagamento, com liberação em apenas um lote por ano.

AS RPVS SÃO REFERENTES À CONCESSÃO OU REVISÃO DE:

  • Aposentadoria
  • Pensão por morte
  • Auxílio-doença
  • BPC (Benefício de Prestação Continuada)

VEJA QUANTO SERÁ PAGO DE RPV EM CADA REGIÃO DA JUSTIÇA FEDERAL

TRF da 1ª Região (DF, MG, GO, TO, MT, BA, PI, MA, PA, AM, AC, RR, RO e AP)
Geral: R$ 1.046.482.385,40
Previdenciárias/assistenciais: R$ 905.762.766,36 (45.889 processos, com 53.001 beneficiários)
TRF da 2ª Região (RJ e ES)
Geral: R$ 183.681.354,26
Previdenciárias/assistenciais: R$ 145.108.730,23 (6.341 processos, com 8.656 beneficiários)
TRF da 3ª Região (SP e MS)
Geral: R$ 320.027.721,89
Previdenciárias/assistenciais: R$ 247.775.407,07 (8.163 processos, com 10.285 beneficiários)
TRF da 4ª Região (RS, PR e SC)
Geral: R$ 482.353.690,61
Previdenciárias/assistenciais: R$ 422.258.108,09 (21.231 processos, com 28.149 beneficiários)
TRF da 5ª Região (PE, CE, AL, SE, RN e PB)
Geral: R$ 333.708.839,36
Previdenciárias/assistenciais: R$ 277.752.030,87 (13.880 processos, com 22.629 beneficiários).

Governo de Minas assina Termo Aditivo que dá autonomia às prefeituras para gestão de recursos da Saúde nos municípios

Governo de Minas assina Termo Aditivo que dá autonomia às prefeituras para gestão de recursos da Saúde nos municípios – Foto: Cristiano Machado / Imprensa MG

O governador Romeu Zema e o vice-governador Professor Mateus participaram, nesta terça-feira (26/9), no Palácio das Artes, em Belo Horizonte, da solenidade de assinatura simbólica do Termo Aditivo do Acordo do Fundo Estadual que regulamenta a transposição e transferência de saldos constantes e financeiros provenientes de repasses, parcerias e convênios firmados com a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) até a data de 9 de maio de 2023.  

O Termo Aditivo do Acordo do Fundo Estadual vem para facilitar a gestão financeira dos municípios na área da Saúde, permitindo, por exemplo, o remanejamento de recursos que anteriormente eram “carimbados”, ou seja, só poderiam ser gastos com um fim específico, predeterminado.  

Agora, municípios que tenham saldo do Acordo no Fundo Municipal de Saúde – seja por eficiência nos gastos ou, por exemplo, ausência de objeto, quando um valor é destinado para algo que não é mais necessário – poderão realocar estes recursos para outras áreas da saúde municipal, conforme a demanda da própria cidade. Dessa forma, o Estado equaciona dificuldades enfrentadas pelos prefeitos para executar recursos provenientes de convênios antigos e, ainda, dá mais autonomia aos gestores municipais para as decisões relacionadas. 

De forma simbólica, assinaram o documento Governo de Minas, Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), e a Associação Mineira de Municípios (AMM). Vale ressaltar que, com apoio do Governo do Estado durante todo o processo, o Termo Aditivo foi uma iniciativa da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). 

Flexibilização 

Ao fim da solenidade, o governador concedeu uma entrevista coletiva e ressaltou que o Governo de Minas deu mais um importante passo para melhorar a vida dos mineiros, já que os prefeitos, a partir de agora, terão a liberdade de utilizar os cerca de R$ 2 bilhões – já em caixa – que estavam travados legalmente em relação ao objeto do convênio firmado no passado. 

“Com a sanção da Lei Complementar, que trata da transferência de saldos financeiros resultantes de parcerias, convênios firmados com o Estado e de saldos constantes dos fundos de saúde dos municípios, cada prefeito, que conhece melhor a realidade do seu município, saberá onde alocar os recursos na área da Saúde”, explicou. 

O Termo Aditivo do Fundo Estadual teve origem no Projeto de Lei Complementar (PLC) 18/23, que é de autoria coletiva de 40 parlamentares e tem como primeiro signatário o deputado estadual Tadeu Martins Leite, presidente da ALMG.  

Em seu pronunciamento, Zema ainda enfatizou que já é perceptível identificar como os avanços na Saúde estão transformando a vida das pessoas. “Durante a entrega de um tomógrafo em Itaobim, escutei o relato de dois pacientes que confirmaram que não precisariam mais se deslocar para realizar os exames. Isso significa que estamos atendendo melhor e com mais conforto a população ”, comemorou. 

Transformação 

Assim como o chefe do Executivo, o vice-governador de Minas Gerais, Professor Mateus, celebrou a assinatura do acordo e também ressaltou que as mudanças já estão sendo percebidas pelos mineiros. Ele ainda aproveitou para destacar o papel das prefeituras na gestão do repasse da forma mais conveniente para cada município.  

“As entregas que estão sendo feitas são já perceptíveis e mensuráveis. As pessoas conseguem sentir na pele a mudança dos números e da realidade. A celebração desse termo aditivo, que começa a ser celebrado hoje, é o reconhecimento de que quem sabe o que deve ser feito no município é quem está lá. Aqui, de Belo Horizonte, a gente tenta desenhar soluções para os problemas que vocês, que têm o termômetro do paciente, sabem quais são e sabem como abordar”, reforçou o Professor Mateus. 

Histórico 

O presidente da ALMG, o deputado Tadeu Martins Leite, classificou a solenidade como um dia histórico para todo o estado. “O acordo que foi firmado lá atrás para que o Governo de Minas quitasse os repasses constitucionais da Saúde aos municípios se completa com a legislação aprovada pelo parlamento mineiro”, afirmou. 

O deputado ainda disse que a iniciativa reforça, cada vez mais, o Pacto Federativo, no sentido de dar mais liberdade e autonomia para quem de fato conhece, ponta a ponta, as principais necessidades. “Nós precisamos trabalhar cada vez mais para destravar e facilitar a utilização dos recursos públicos”, ponderou. 

Entregas 

Já o secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, aproveitou para apresentar as entregas da pasta após o governo colocar as contas em dia. Ele destacou a inauguração de Unidades Básicas de Saúde (UBS), os recordes de cirurgias eletivas no estado, mais recursos para os Hospitais Filantrópicos, e a universalização do serviço do Samu em Minas. Baccheretti também ressaltou a importância da assinatura da Lei Complementar na autonomia das prefeituras e no repasse das verbas.  

“Com essa oportunidade da Lei Complementar, somada ao jeito diferente e inovador que o Executivo vem fazendo, aproveitando essa grande parceria, vamos conseguir que os municípios tenham total autonomia no uso do recurso. Cumprido o objeto, o saldo financeiro poderá ser transferido ou transposto, o que é custeio pode ir para investimento e vice-versa. E aqueles objetos que não fazem mais sentido, os municípios poderão executar em outro objeto na área de saúde, obviamente”, declarou o secretário. 

Acordo da Saúde 

Entre outros recursos que poderão ser destinados para outras ações da saúde estão os do repasse do Acordo da Saúde, firmado entre Governo de Minas e municípios em 2021, com participação da AMM, do Ministério Público e o Tribunal de Justiça.  

Segundo a SES-MG, o Acordo do Fundo Estadual – que rege a dívida do Estado com os municípios – é de R$ 6.765.006.390,90, dos quais já foram pagos R$ 1.607.484.217,90.  

Cabe ressaltar que o compromisso firmado nesta gestão garante o pagamento de dívidas que deveriam ter sido quitadas por governos anteriores desde 2014. A expectativa é que o repasse seja concluído em setembro de 2030.

Governo recolhe 8 lotes de café por fraude e impurezas; veja marcas

Governo recolhe 8 lotes de café por fraude e impurezas; veja marcas – Foto: divulgação / MAPA

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) determinou o recolhimento de oito lotes de café com indícios de fraude.

Nos pacotes – do tipo torrado e moído – fiscais identificaram pedaços de cascas e madeiras acima dos limites permitidos pela legislação misturados aos produtos.

O excesso de cascas e paus de café tem a intenção de aumentar o volume dos pacotes, informou o Ministério.

“Esses resíduos do beneficiamento do grão de café foram torrados como se fossem grãos de café legítimos”, explicou o coordenador de Fiscalização da Qualidade Vegetal, Tiago Dokonal.

Os lotes apreendidos pertencem às marcas Fazenda Mineira, Jardim, Lenhador Extra Forte, Lenhador Tradicional, Balaio, Bico de Ouro e Bico de Ouro 100% Puro Robusta, conforme divulgado pelo governo, na última sexta-feira (22).

Os lotes afetados são:

  • FAB08DEZ22 da Fazenda Mineira; 046/23/3D da Jardim;
  • 59 da Lenhador Extra Forte;
  • 59 da Lenhador Tradicional;
  • 58 da Balaio; 02 e 05 da Bico de Ouro;
  • 04 da Bico de Ouro 100% Puro Robusta.

A reportagem não localizou os contatos das marcas Fazenda Mineira e Jardim. Já as empresas de Lenhador Extra Forte, Lenhador Tradicional, Balaio, Bico de Ouro e Bico de Ouro 100% Puro Robusta não responderam de imediato.

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